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IFPE analisará amostras de água do mar após incidente com óleo

Parceria entre o Campus Ipojuca e o comitê de crise instituído pela Prefeitura viabilizou a pesquisa


A partir desta semana, o IFPE-Campus Ipojuca vai realizar análises químicas da água do mar coletada em diferentes pontos da orla de cidade. O principal objetivo do trabalho é medir a concentração de hidrocarbonetos na água após o acidente com o vazamento de óleo que chegou ao litoral nordestino.

A professora que coordena o projeto, Valentina Nascimento, explica que é possível determinar a salubridade da água, com relação a este parâmetro, para atividade de banhistas e pescadores. “Vamos medir a concentração de hidrocarbonetos aromáticos totais, que são compostos tóxicos”, explica.

 A primeira coleta foi feita na terça-feira (29). Até o fim da semana, uma equipe de estudantes do curso técnico em Química deve coletar amostras nas dez praias do município, com atenção especial às áreas mais atingidas pelas manchas de óleo, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

“O IFPE se integrou ao comitê de crise instituído pela Prefeitura e procurou estudar como ajudar nesse momento”, disse o diretor-geral do Campus Ipojuca, Enio Camilo de Lima. “Esta primeira análise vai se ater à concentração de hidrocarbonetos. Existe a possibilidade também de atuarmos na análise microbiológica de resíduos coletados da praia”.

A parceria com a Prefeitura de Ipojuca contempla também o departamento de Segurança do Trabalho do Campus, que oferecerá treinamento para voluntários, caso novos mutirões de limpeza das praias venham a ocorrer.

NA MÍDIA – O projeto de pesquisa do Campus foi assunto dos telejornais NE TV 2ª Edição (29/10) e Bom dia Pernambuco (30/10), da TV Globo. A reportagem entrevistou docentes e estudantes envolvidos no projeto, e também acompanhou uma saída de campo para coleta da água.

O secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Ipojuca, Erivelto Lacerda, também falou à reportagem. “O evento já aconteceu e tomamos as medidas necessárias. Agora vem a segunda parte, que é saber realmente a condição das águas, para poder orientar e dar segurança à população”

O Campus Ipojuca do IFPE trabalha para ter o resultado das primeiras análises dentro de duas semanas. A ideia é voltar a campo em seguida para nova coleta, a fim de verificar variações na concentração de hidrocarbonetos ao longo do tempo.

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