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Projeto estimula empreendedorismo e colaboração entre estudantes
Iniciativa une estudantes e professores dos campi Olinda, Paulista e Igarassu. Objetivo é detectar problema e propor soluções através de desenvolvimento de produtos e serviços
Além de serem frutos da última fase de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e estarem situados no eixo Norte do estado, os campi Igarassu, Olinda e Paulista têm em comum o desejo de incentivar o empreendedorismo. Motivados por esse propósito, professores das três unidades se uniram para trocar experiência e desenvolver um projeto interdisciplinar envolvendo estudantes dos cursos de Computação Gráfica (Olinda), Informática para Internet (Igarassu) e, mais recentemente, Manutenção e Suporte em Informática (Paulista).
A iniciativa já envolve 13 professores e dez disciplinas dos três cursos. Em prática há cerca de um ano, o projeto que incentiva os estudantes a criarem produtos ou serviços viáveis economicamente começou com os campi Olinda e Igarassu. Neste semestre, foi transformado em um projeto de ensino e ganhou a participação do campus Paulista.
“Geograficamente, estamos perto e as áreas são comuns. Temos o hardware com Paulista, a parte gráfica com Olinda e a de software com Igarassu”, explica a professora do Campus Paulista, Alba Lopes, que acaba de ingressar no projeto. Ministrante da cadeira de empreendedorismo, ela desenvolve em sala conhecimentos valiosos para os produtos que são elaborados. “A gente trabalha definição de negócios, técnicas de marketing, atração e retenção de clientes, o nível dos negócios do ponto de vista mercadológico e financeiro. O produto tem que ser viável economicamente”, explica.
Os produtos criados são os mais variados possíveis. O estudante do Campus Paulista, Vinicius dos Santos Barbosa, por exemplo, faz parte de um grupo que desenvolve o “Barbshop”, um aplicativo que será utilizado para marcar horário nos salões de beleza da região. A idéia é ajudar os clientes, que não terão que enfrentar filas de espera, e também os microempresários do ramo, que evitarão a superlotação do salão. “É um negócio que tem futuro. Uma plataforma on-line fácil de divulgar”, argumenta.
O “Bem Alugado” é um sistema que tem o objetivo de auxiliar o empreendedor no aluguel do ponto comercial mais adequado ao seu negócio. A idéia é levar ao ar um site com todas as informações referentes aos imóveis disponíveis, além de dados sobre a população. Outro grupo trabalha no desenvolvimento do aplicativo “Informei”, através do qual clientes poderão dar notas aos serviços que utilizarem. Os dados serão fornecidos aos empresários que poderão melhorar seus negócios e, consequentemente, a economia local. A maior parte dos produtos é voltada para o desenvolvimento de aplicativos ou sistemas.
Cada grupo possui representantes dos três campi. Dessa forma, outro ponto valioso do projeto é a integração. “A gente pode expor nossas idéias e opinar”, conta a estudante do Campus Paulista, Bruna Pinheiro. Sistematicamente, os grupos se encontram presencialmente para discutirem seus produtos. As reuniões são sempre dinâmicas, inspiradas em eventos como Startup Weekend e Hackathon. Nelas, em 60 segundos eles apresentam os problemas e soluções propostas através dos produtos, num clima de competição. Os melhores grupos ganham premiações simbólicas. Depois de encontro, voltam para casa com missões.
Cada disciplina trabalha aspectos do produto que são avaliados por professores de áreas específicas. A iniciativa surgiu através da professora de Empreendedorismo do Campus Igarassu, Raquel Lira. “Cada projeto é trabalhado para desenvolvermos soluções de forma conjunta. Ao final do semestre, esperamos ter os produtos desenvolvidos”. Raquel comemora a ampliação e transformação do trabalho num projeto de ensino.
Uma atividade inovadora que torna mais divertida a forma de aprender e já é atestada pelos participantes. “A gente detecta um problema, cria uma solução, pensa como implantar uma empresa. Pretendo ser empreendedor, no futuro. No meu caso, penso na infraestrutura de hardware, com implementação de servidores e banco de dados”, revela o estudante do Campus Paulista, Douglas Ramos. Assim como ele, vários outros estudantes sonham em se tornar empresários. A semente foi plantada.
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