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IFPE Palmares realiza oficina de tecnologias assistivas voltadas para estudantes com deficiência visual durante a 22ª SNCT
Oficina foi realizada em parceria com a Associação Pernambucana de Cegos (APEC) e teve como objetivo proporcionar um momento de inclusão e aprendizado aos estudantes com baixa visão das escolas municipais de Palmares
Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do IFPE Palmares, que aconteceu nos dias 04 e 05 de novembro, aconteceu uma oficina ofertada pelo projeto “Modelando a Nova Visão: o uso da cultura maker na produção de materiais didáticos para alunos com deficiência visual”. O ministrante foi Davi Vanderlei da Silva Siqueira Brito, da Associação Pernambucana de Cegos (APEC), instituição líder em tecnologia assistiva e itens tiflológicos (a tiflologia é a ciência que estuda a cegueira e a baixa visão, focando no desenvolvimento, educação e reabilitação de pessoas com deficiência visual).
A oficina teve como objetivo proporcionar um momento de inclusão e aprendizado aos estudantes com baixa visão das escolas municipais de Palmares que não possuem conhecimento do sistema Braille. Além de promover o contato inicial com esse sistema de escrita e leitura tátil, a ação buscou oportunizar uma vivência pedagógica significativa por meio da interação com Davi, que é cego e contribuiu de forma expressiva para o engajamento e a aprendizagem dos participantes.
Durante a oficina, os alunos puderam aprender de maneira lúdica e pedagógica, utilizando materiais confeccionados e adquiridos pelos membros do projeto. Participaram da atividade estudantes da Escola Municipal Fernando Augusto Pinto Ribeiro, popularmente conhecida como “Ginásio”, e duas alunas com baixa visão da Escola Municipal Santa Luzia. Além dos discentes, as coordenadoras das instituições também participaram e tiveram, pela primeira vez, contato direto com o sistema Braille.
Os resultados obtidos superaram as expectativas iniciais, em razão do alto nível de envolvimento e interesse dos participantes em aprimorar seus conhecimentos sobre o funcionamento do sistema Braille. A presença de uma pessoa cega como ministrante constituiu um importante exemplo de representatividade, reforçando a mensagem de que é possível superar limitações – sejam elas visuais, auditivas, intelectuais ou emocionais – e conquistar objetivos por meio da educação e da inclusão.
O campus desempenhou papel fundamental na viabilização da atividade, oferecendo o espaço físico e o apoio logístico necessários. Destaca-se, ainda, a atuação da servidora Maria da Conceição de Sousa, responsável pela organização do ambiente e pela disponibilização do transporte que garantiu o deslocamento seguro dos alunos até o Instituto, possibilitando sua participação no minicurso promovido pelo projeto de extensão sob sua coordenação. Para Conceição, “a realização da oficina de Braille proporcionou aos participantes um novo aprendizado, e podemos avaliar a experiência como muito positiva, tantos para os participantes quantos para os bolsistas do projeto”.



