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IFPE Palmares desenvolve pesquisa sobre simulação de atracação em convênio com o Porto de Suape

Projeto foi patrocinado pela Facepe e envolveu alunos do IFPE, da UPE e da UFPE, num período de três meses da atividades. Ideia é dar continuidade à pesquisa, que é pioneira na região Norte-Nordeste


O IFPE Palmares integrou mais um projeto patrocinado pelo Programa de Extensão Tecnológica (PET) da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). Orientado e coordenado pelo professor Thiago Valentim, o projeto teve como objetivo a concepção de um laboratório computacional para simulação de atracação e desatracação de navios utilizando computação em nuvem e envolveu alunos do IFPE, da UPE e da UFPE, dentro de um convênio com o Porto de Suape.

“O porto tem uma parceria com o Locus de Inovação e o IFPE se vinculou ao projeto. A partir dessa ideia, eu construí o documento e submeti o projeto a partir das ideias e necessidades do pessoal do Porto de Suape”, explicou Valentim.

O projeto foi realizado ao longo de três meses, de forma 100% online, e envolveu a princípio 52 inscritos, em novembro de 2022. Após uma capacitação inicial em Edge Computing, Fog Computing e Cloud Computing, foram selecionados dez bolsistas que atuaram de forma mais efetiva até o final de fevereiro. “Não houve encontros presenciais, até porque foram envolvidos estudantes de vários municípios pernambucanos”, detalhou Valentim, que obteve um feedback bastante positivo da equipe do Porto de Suape, quando a entrega do produto foi realizada.

 Trabalho pioneiro na região Norte e Nordeste 

Durante o projeto, foi realizada a concepção de um simulador, buscando a estruturação de um banco de dados utilizando computação em nuvem para a construção de um mecanismo de atracação e desatracação de embarcações.

“Só existe um simulador desse porte no país, que fica na USP, em São Paulo. Então, quando existe uma nova classe de navio que precisa aportar em Suape, eles precisavam realizar uma simulação computacional para saber se o porto tem as especificações necessárias para que o navio possa aportar, e a única forma de se fazer essa simulação era justamente recorrendo à USP para colocar os dados nesse modelo computacional, que trabalha com diversas variáveis”, descreveu o professor. “Essa simulação é feita em tempo real, e acontece de forma paralela a testes em uma espécie de mini porto que consegue simular toda a estrutura de vento, ondas e outros elementos do ambiente geográfico como um todo”.

Ainda segundo Thiago Valentim, “o simulador trará vantagens competitivas ao Porto de Suape, tendo em vista que será possível simular operações até então inéditas, identificando eventuais gargalos e até interferências que impeçam sua efetivação”. Além disso, o simulador “trará a segurança necessária para o correto planejamento das operações portuárias, assim como para o aumento de sua eficiência”, acrescentou.

“Esse equipamento elevará o Porto de Suape a um outro patamar de consciência de suas capacidades e limitações, permitindo ações antecipadas para mitigar cenários adversos e para aproveitar novas oportunidades de mercado”, avaliou o pesquisador.

“Este foi um projeto bem específico para Suape, pois a ideia da empresa é poder trazer isso para o porto e não mais precisar ir para São Paulo fazer essa simulação e, além de otimizar e tornar mais barato esse processo, também se se tornar referência para os outros portos da região”, destacou.

De acordo com Thiago Valentim, a intenção do Porto de Suape é dar continuidade ao projeto, porém será necessário um maior investimento financeiro, e no momento não há perspectiva acerca do montante necessário.

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