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Trabalho de professora do Campus Vitória é premiado na Espanha

Escrito pela professora Gizelia Barbosa, trabalho foi 2º lugar no XXII Premios Internacionales a la Investigación y Defensa em Producción Ecológica


“Agricultura familiar na Mata Norte de Pernambuco: construyendo sistemas agroalimentarios locales de base agroecológica” é o título da dissertação escrita pela professora Gizelia Barbosa durante o doutorado, e que recebeu accésit (2º lugar) no XXII PREMIOS INTERNACIONALES A LA INVESTIGACIÓN Y DEFENSA EN PRODUCCIÓN ECOLÓGICA – Prémios Andrés Nuñes de Prado, realizado pela Associação Ecovalia, que desenvolve projetos na área de agricultura e pecuária orgânicas na Espanha.

A dissertação apresenta uma análise dos resultados das ações desenvolvidas de 2014 a 2018 com camponeses e camponeses de 15 famílias residentes nas comunidades de sítio Marreco, sítio Imbé e sítio Alegria, em Lagoa de Itaenga, tomando como base metodológica a pesquisa-ação realizada em três momentos, analisando histórias de vida e agroecossistemas por meio de um Diagnóstico Rural Participativo – DRP. Conforme explica a professora Gizelia, o trabalho é resultado de um longo processo que envolveu Ensino, Pesquisa e Extensão, a partir da demanda da comunidade.

“Estou no doutorado, mas cursei disciplinas em um mestrado de Agricultura y Ganadería Ecológicas da Universidad Internacional de Andalucía e Universidad Pablo de Olavide. Como poderia optar em defender ou não outra dissertação, resolvi aproveitar a oportunidade para analisar mais profundamente os dados do Projeto que foi financiado pelo CNPq de 2014 a 2017 – Diagnóstico e Apoio à Transição Agroecológica nas Comunidades de Imbé, Marrecos e Sítios vizinhos e foi demandado e realizado em conjunto com os agricultores e agricultoras dessas comunidades no município de Lagoa de Itaenga. Esse projeto foi cadastrado na Pró-reitoria de Pesquisa do IFPE e também foram enviados projetos relacionados nos editais de Extensão do campus, conseguindo assim bolsas tanto em extensão quanto em Pesquisa pelo IFPE, todos eles relacionados ao projeto maior do CNPq, mas que tiveram continuidade até 2018, quando consegui a licença para o doutorado”, explica a docente.

A defesa da dissertação foi realizada no último dia 21 de novembro, obtendo a nota máxima, 10. A orientação foi do professor Manuel González de Molina Navarro que também é orientador da professora Gizelia no doutorado. De acordo com a docente, após a defesa, as coordenadoras do Mestrado enviaram alguns prêmios a que o trabalho poderia concorrer, e um desses era o organizado pela Associação Ecovalia. “Falei com meu orientador e enviei a dissertação para essa seleção. Infelizmente não conseguimos o primeiro lugar que dava um prêmio de 6.000 Euros para continuar a pesquisa, mas o trabalho recebeu um accésit (um segundo lugar), reconhecendo a sua relevância, e em dos e-mails que recebi do secretário geral da associação ele fala que o trabalho ‘é todo um exemplo de pesquisa participativa'”, relata Gizelia.

Para a professora Gizelia, o incentivo à integração do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão é que nos permite contribuir para verdadeiras transformações na sociedade. “Estar próximo e atuando em conjunto com as comunidades rurais e urbanas, a partir de uma perspectiva da participação e tendo esses grupos como co-investigadores e protagonistas desses processos é o caminho para desenvolvermos realmente a missão do IFPE e os valores que o permeiam. A comunidade nos demandou uma ação, a partir de uma de nossas estudantes da graduação de Agronomia na época, Maria José de Freitas, construí um projeto e felizmente conseguimos aprová-lo no CNPq com muito apoio de todos os setores do nosso Campus, durante todo o desenvolvimento do projeto. Esse reconhecimento no XXII Prémios Internacionales a la  Investigación y Defensa en Producción Ecológica – Prémios Andrés Núñez de Prado, é fruto de um trabalho coletivo, da disponibilidade, solidariedade e dedicação de todos os envolvidos, principalmente as famílias de agricultores de Marreco, Imbé, Sítio Alegria e todas as comunidades que trabalhamos em diversos projetos de Educação do campo e hortas agroecológicas no município, mas também é resultado da dedicação dos nossos servidores, estudantes, com destaque para os bolsistas do CNPq – Maria José de Freitas, Janaína Nair da Silva, Tiago Edvaldo Santos Silva e Camila Lucena Mota) e dos parceiros que tivemos durante todos os anos de desenvolvimento das atividades. Assim, realmente só tenho a agradecer a nossa instituição e a todas as pessoas envolvidas”, conclui Gizelia Barbosa.

Saiba Mais:
>> Confira a matéria com o anúncio dos trabalhos premiados  
>> Asociación Ecovalia

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