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Aberta exposição fotográfica com retratos de 30 mulheres do Campus Vitória

Projeto intitulado “Mulheres em Foto e Grafia” foi desenvolvido pela fotógrafa e professora Tatiana Carvalho


A tarde desta quarta-feira (11) teve ares e olhares diferentes no Campus Vitória de Santo Antão. No hall do Prédio exposição (3).jpg Central, o lançamento da exposição “Mulheres em Foto e Grafia” combinou diversos rostos de mulheres para trazer suas memórias e contar suas experiências dentro e fora do Campus. O projeto foi idealizado pela professora de Espanhol e fotógrafa Tatiana Carvalho, que buscou, no contato com as demais mulheres, resgatar suas forças e belezas.

“Era o momento de tirar cada uma delas de suas funções. Era um momento de cada uma botar uma roupa bonita, teve gente que comprou roupa nova, se maquiou. Foi um momento delas. E eu saí dali com mais respeito ainda pela história de cada uma”, disse Tatiana.

exposição (4).jpgA artista reuniu 29 mulheres do campus, sendo ela mesma a trigésima fotografada. Ao todo, foram dez professoras, dez técnicas administrativas e dez terceirizadas e estagiárias. De modo geral, as fotografadas escolhiam algum espaço dentro do próprio campus para serem retratadas. Cada ensaio durava cerca de uma hora, que se dividia entre uma conversa com Tatiana e uma sessão de cliques. Além de viverem a experiência como modelos, foi também um momento de autoconhecimento e empoderamento feminino.

Na verdade, cada foto é um resgate de vida, de experiências, não só profissionais como pessoais. E do quanto a gente se percebe totalmente ligada a esse ambiente. Aí que a gente vê também o quanto esse Campus nos ajudou nesse processo de se fazer mulher cada vez mais e do quanto o nosso trabalho é importante na vida de tantas outras pessoas”, relatou a pedagoga Carla Eugênia, uma das mulheres fotografadas.

O resultado que se podia observar na abertura da exposição era um misto de surpresa e alegria em reconhecer asexposição (5).jpg colegas nas fotografias. Caminhando entre os rostos das mulheres se podia ouvir os burburinhos de elogios à beleza de cada uma delas. Uma experiência de se enxergar de outro modo – e enxergar também suas colegas – ainda que no lugar onde elas trabalham.

Uma das mais elogiadas era a fotografia de Doralice Maria da Silva. Conhecida no campus como “Tia Dora”, a auxiliar de serviços gerais pôde, depois de 24 anos de trabalho no mesmo local, viver uma nova experiência.

Eu gosto muito de tirar fotos. Eu acho muito lindo. Foi tranquilo. Mas eu me assustei quando vi a foto, porque todo mundo dizendo que fiquei muito bonita. E, realmente, ficou muito linda”, comentou Doralice.

exposição (1).jpgA Tia Dora, assim como as demais mulheres, ainda puderam escrever mensagens junto com suas fotos. No texto escrito pela auxiliar de serviços gerais, ela diz que mulheres não devem ser lembradas somente no dia 8 de março, mas também “todas as horas, minutos e segundos”, afinal, são mulheres “todo tempo”.

Os retratos são parte das ações realizadas na semana em que se comemora o Diaexposição (2).jpg Internacional da Mulher. Elas foram modelos por um dia, mas devem sair dessa experiência cheias de novas histórias e olhares sobre si e as demais. É como algumas comentavam na abertura da exposição: “nunca mais olhar para essas mulheres da mesma forma”. E para eternizar as memórias, cada uma delas, ainda levou pra casa 12 outras fotos suas.

A exposição “Mulheres em Foto e Grafia” segue com visitações até o fim do mês no hall do Prédio Central do Campus Vitória de Santo Antão.


Texto e fotos: Diego Morais

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