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Tecnologia e Agroindústria: produtos inovadores marcam conclusão de disciplina
Os projetos foram desenvolvidos por estudantes em disciplina de Informática
Hambúrguer vegano, sabonete de hortelã ou de cereja, gloss ecológico, bem-casado de maracujá, brownie com recheio de abacaxi, chips de banana e velas aromáticas. Quem diria que esses e tantos outros produtos foram os resultados da disciplina de Informática?
Sim, esses foram trabalhos apresentados por estudantes das turmas 1º período E e 1º período F do curso técnico Integrado em Agroindústria do IFPE Vitória, na última terça (22) e na quarta-feira (23). A atividade foi a culminância da disciplina de Informática, orientada pelo professor Wilson Galindo.
A proposta da disciplina era que os estudantes aprendessem a utilizar programas de processadores de texto (como o Word, por exemplo), mas o professor Wilson pediu que os/as estudantes elaborassem os projetos utilizando as normas da ABNT. O detalhe é que não era apresentar qualquer projeto dentro das normas, mas sim propostas de produtos inovadores, pensadas a partir da metodologia ativa chamada PBL (Problem Based Learning) ou Aprendizado Baseado em Projetos.
“Através dessa metodologia, transformamos um simples conteúdo em aulas multidisciplinares e interdisciplinares, onde os estudantes vão trabalhar com os conceitos e prática de inovação, conhecimentos de agroindústria, planejamento e estratégia no desenvolvimento de uma ideia, defender e argumentar sobre suas ideias, integração entre smartphones e desktops, língua portuguesa, inteligência artificial, matemática, noções de administração e empreendedorismo entre outras”, explicou Wilson Galindo.
Mas como associar aula de informática e produtos da agroindústria? As turmas mostraram que as duas áreas têm tudo a ver. As estudantes Emilly Bianca e Emmanoelly Souza, do 1º E, apresentaram o projeto do bem-casado de Maracujá. Elas contaram que buscaram dar um novo sabor ao tradicional doce brasileiro, utilizando o maracujá, uma fruta tropical, nativa do Brasil e mais acessível, que ajuda a reduzir a pressão arterial e é rica em vitaminas. “Para desenvolver e executar o projeto, nós precisamos pensar no objetivo geral, nas demandas, nos ingredientes, no produto, e na apresentação, e no empreendedorismo”, explicaram.
Em tempos de excesso de informações e de rápida evolução de Inteligências Artificiais Generativas, os/as estudantes aprenderam, na prática, que essas tecnologias podem ser ótimas ferramentas para executar tarefas de um projeto, mas que este exige muita observação, reflexão e criatividade. “Há um trabalho com os estudantes para mostrar as limitações e potenciais do uso dessas ferramentas, principalmente para mostrar onde os discentes deverão focar, pois com certeza as mudanças tecnológicas vão necessitar de adaptações constantes no mundo do trabalho, exigindo empatia e resiliência para a construção de uma sociedade mais produtiva e sustentável”, concluiu Wilson Galindo.