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Estudantes promovem campanha de conscientização sobre câncer de mama

Dança, teatro, cordel e palestras integram programação do Outubro Rosa no Campus Abreu e Lima


Solange Pereira começou a sentir fortes dores entre os seios. Como todo mundo em sua família sofria de problemas cardíacos, suspeitou logo do coração. “Fiz vários exames que não indicavam nada, até que descobri que o problema era no peito, um câncer bem agressivo”. Ela enfrentou uma sequência de quimioterapia e radioterapia e teve que tirar a mama.

Solange contou seu caso em 2018 para os estudantes do IFPE Abreu e Lima, na terceira edição do Outubro Rosa. Neste ano, quando a campanha entra na quarta edição, voltou ao Campus para falar da reconstrução da sua mama. Depoimentos como o dela são algumas das formas que os estudantes lançam mão para conscientizar sobre os riscos do câncer de mama. Teatro, dança, cordel e palestras com profissionais de saúde são outras ações utilizadas para disseminar informações durante o evento.

Os estudantes do 3º período do curso técnico de Enfermagem falaram sobre os riscos de contrair a doença, explicando os riscos modificáveis – como hábitos alimentares, tabagismo, alcoolismo – e os não modificáveis – como genética, idade e sexo. Eles chamaram a atenção para este último, uma vez que as mulheres com mais de 50 anos são as mais acometidas pela doença.

Também falaram sobre o autoexame e enfatizaram que os homens podem desenvolver a doença. “Na hora de observar o órgão, a atenção não deve se limitar aos nódulos. Vermelhidão, inchaço, sensibilidades e protuberâncias também podem ser sintomas da doença”, alertaram. Eles também explicaram que o autoexame não deve ser feito no período menstrual, pois nessa fase é comum surgirem nódulos.

A campanha foi toda organizada pelas turmas do 1º e 3º período de Segurança do Trabalho e do 3º de Enfermagem. A coordenadora deste último curso, Yole Silveira, explica que esses técnicos precisam desenvolver campanhas em seus campos profissionais “Eles trabalham com promoção de saúde por meio de atividades educativas de orientação da população, seja numa empresa ou num posto de saúde. Quando eles estiverem no mercado vão ter que promover esse tipo de ação. Não é só curar ou tratar, tem que trabalhar com prevenção”, pontua.

A diretora-geral do Campus, Fátima Cabral, falou sobre a importância dos estudantes disseminarem esses conhecimentos. “É muito importante conversarmos sobre essas questões. A ideia é que nossos estudantes atuem como multiplicadores, levando esse conhecimento a outras pessoas, tios e tias, mãe e pai, irmãos. Não só no outubro Rosa, mas todos os dias”, disse.

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