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Campus comemora o Abril Indígena com representatividade indígena

Evento contou com a presença de indígenas das etnias Fulni-ô e Xukuru que apresentaram a cultura e as demandas indígenas da atualidade


Pelo segundo ano consecutivo o Abril Indígena no Campus Garanhuns proporcionou aos participantes do evento muito aprendizado e quebras de paradigmas sobre a cultura indígena. Este ano, a Divisão de Extensão (DIEX), por meio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas (NEABI), realizou o seminário Resistência e identidade das comunidades indígenas e quilombolas. O evento realizado nos dias 24 e 25 de abril contou com uma programação bastante diversificada e com a presença de indígenas das etnias Fulni-ô e Xukuru.

Rodas de diálogo sobre a memória territorial indígena e sobre políticas públicas e ações afirmativas no Brasil, relato de experiência com a estudante cotista do IFPE – Pesqueira, Marcela Moura Xukuru, caracterização da comunidade quilombola do Castainho e oficina da cultura Fulni-ô, por meio de pinturas corporais, compuseram os dois dias de programação.

A chefe da DIEX, Edvania Kehrle, avalia que a ação como de extrema necessidade para desmistificar a imagem estereotipada das populações indígenas para os estudantes do IFPE. “São nesses momentos que temos a oportunidade de aproximar os alunos dos indivíduos indígenas de forma mais realista, mais condizente com o espaço que eles ocupam hoje na sociedade atual. Outro ponto bastante importante do evento foi a presença de indígenas, a presença de Marcela Xukuru e dos guerreiros Fulni-ô, para que a gente possa cada vez mais ouvir as demandas indígenas dos próprios indígenas, para que eles possam ocupar esse local de fala e sair do local de objeto para o local de ator dessa história”, ressalta.

O estudante João Vinícius Revoredo, do 2º ano do curso Técnico em Informática, modalidade Integrado, destacou a importância que o evento teve e terá na sua trajetória acadêmica. “O abril indígena foi o primeiro evento que participei quando entrei no IFPE ano passado e fiquei maravilhado com toda aquela cultura, achei muito interessante as apresentações, a dinâmica do evento. Este ano foi surpreendente a experiência de participar como apresentador de trabalho, pude mergulhar de cabeça na ideia do evento e, com certeza, levarei essa experiência para a vida”.

Revoredo destacou ainda a forma como até então a vivência do Abril Indígena era realizada nas outras instituições de ensino por onde estudou. “ O que me chamou mais atenção é o fato de um assunto tão importante ser pouco trabalhado em todas as escolas que estudei. Sem contar que abordam de uma maneira muito folclórica. Chegar aqui e ver os próprios indígenas participando e falando sobre a realidade de vida deles foi muito marcante pra mim”, conclui.

 

 

 

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