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Escola do Jovem Camponês certifica mais de 40 estudantes da zona rural

Em seu primeiro ano, o projeto de extensão do IFPE-Belo Jardim ofereceu aulas de português, informática e técnicas agrícolas


Um projeto que está mudando vidas. É assim que a Escola do Jovem Camponês, projeto de extensão do IFPE Campus Belo Jardim que oferece aulas teóricas e práticas de diversas áreas do ensino para jovens moradores da zona rural, está sendo definida por seus participantes. Nesta sexta-feira (24), no auditório do Campus, aconteceu a entrega do certificado dos mais de 40 estudantes, de sete comunidades rurais, que participaram deste primeiro ano de projeto.

O curso, que aconteceu na frequência de um sábado por mês, contou com toda a estrutura do IFPE a disposição, desde o transporte dos alunos, passando pelo oferecimento de refeições, até a utilização de laboratórios e salas de aula devidamente climatizadas, que proporcionaram aos alunos um ambiente adequado para o aprendizado das diversas disciplinas ministradas, como português, informática e técnicas agrícolas.

Para o professor André Luís Gonçalves, coordenador do projeto, o grande objetivo da Escola do Jovem Camponês é a preparação dos alunos no sentido de repassar os conhecimentos adquiridos para as comunidades onde vivem, multiplicando e colocando em prática os ensinamentos. “Esperamos que os jovens sejam os atores principais na expansão do conhecimento. Neste início estamos dando as diretrizes, mas nosso pensamento é que com o tempo eles mesmo nos apresentem as suas demandas, para que, através delas, possamos formatar os cursos que serão realizados”, conta o professor.

Márcia Adriana, 16 anos, moradora do Sítio Rodrigues, é um exemplo do potencial do projeto para as comunidades rurais de Belo Jardim. A aluna tem ministrado o curso “Galinha Caipira”, que aprendeu nas aulas da Escola do Jovem Camponês, para os moradores da sua comunidade. “No início, os participantes ficaram desconfiados por causa da minha pouca idade, mas com o decorrer da aula eu fui ganhando a confiança de todos e tudo foi um sucesso”, conta a estudante, que já está na expectativa de ministrar novos cursos nas próximas semanas.

Outra estudante que está aproveitando intensamente as oportunidades oferecidas pelo projeto é Rosiene Oliveira, de 26 anos. A estudante do Sítio Lagoa da Chave nunca havia utilizado um computador, e conta que foi a realização de um sonho. “Eu nem acreditava que estava tendo a oportunidade de aprender a usar um computador, consigo nem descrever a felicidade que senti. Hoje, se você colocar um computador em minhas mãos, eu já consigo desenrolar muita coisa”, conta. Rosiene também está utilizando o conhecimento adquirido no curso para gerar renda para a sua família, através da produção de desinfetantes. “Eu aprendi nas aulas e estou fazendo 20 garrafas de desinfetantes por semana, cada uma de dois litros, e vendo todas”, relata Rosiene.

A Escola do Jovem Camponês é ministrada por professores, estudantes e técnicos-administrativos do IFPE, e estará de volta em 2018 com novos cursos e a mesma proposta inspiradora.

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