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Núcleo de Gênero promove homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Evento teve elaboração de painéis, exibição de documentário e roda de diálogo


O Núcleo de Gênero do Campus Belo Jardim promoveu nesta quarta-feira (08) uma programação especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que contou com a elaboração de painéis por parte dos estudantes em relação à importância deste dia na história da humanidade, a exibição de um documentário sobre o início do movimento feminista na década de 1960 e uma roda de diálogo com a participação de servidoras e estudantes do Campus, além da participação de mulheres do Quilombo Barro Branco.

Com o tema “Ni Una Menos” (Nenhuma a Menos), em alusão ao coletivo argentino que luta contra os feminicídios, a roda de diálogo tratou sobre os diversos tipos de violência contra as mulheres na sociedade, como a violência física, a violência psicológica, o preconceito, o assédio sexual e moral, dentre outros.

Um fato muito consternador foi levantado por Nathalia Atroch, professora de sociologia e coordenadora do Núcleo de Gênero do Campus, que lembrou que o Brasil é o quinto país no mundo com mais feminicídios, onde há uma média de 13 mulheres assassinadas por dia. “Além disso, no Brasil, temos a média de um estupro a cada 11 minutos. A própria palavra “absurdo” não se coloca à altura de tamanha violência”, desabafa Natasha.

Com a participação de muitos estudantes, que compareceram em grande número ao auditório, vários outros temas foram sendo desdobrados, como o preconceito contra a mulher negra e transgênero, a violência psicológica em redes sociais e o assédio sexual nos vários âmbitos da nossa sociedade.

Foi um dia em que as mulheres do IFPE Campus Belo Jardim elevaram ainda mais as suas vozes contra muitas das injustiças sociais que atormentam a nossa sociedade. E para que essas vozes não fossem suprimidas pelos ecos de uma história de opressão, Nathalia convocou todas as participantes do evento: “Hoje, nós mulheres, vamos fazer muito barulho, vamos irritar aqueles que nos querem caladas. Porque somos fortes, resistentes e felizes, e a nossa luta é bonita e justa”

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