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Projeto Blindmobi será apresentado no maior evento extensionista do País

Grupo desenvolveu sistema a baixo custo para identificação de ônibus por pessoas com deficiência visual


Incitado a contribuir em favor de maior autonomia de pessoas com deficiência visual no uso de transporte coletivo, grupo de Extensão do campus desenvolveu o sistema BlindMobi. Tal projeto, voltado à tecnologia de caráter assistivo, já é velho conhecido da comunidade institucional, seja por envolver participação discente por diferentes meios, seja pela repercussão na mídia local e ainda por ampla divulgação em eventos acadêmicos. A equipe, liderada pelo professor do curso de Telecomunicações Hilson Vilar e que conta com o envolvimento de professores do Grupo de Pesquisa em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (GPADS) e dos estudantes bolsistas de TADS David Mendonça e Luiz Marcel, terá agora a oportunidade de expor os desdobramentos do trabalho durante a edição virtual do considerado maior evento extensionista do País – o Nono Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU). O estudo concorreu com cerca de 4.500 trabalhos submetidos para comunicação no CBEU, a ser realizado em março.

O BlindMobi consiste em um sistema para identificação de ônibus por usuários com deficiência visual. Basicamente, é formado por uma parte física para ser instalada no coletivo e um aplicativo, que a pessoa pode acessar de seu celular. A proposta é que, uma vez na parada, o indivíduo pelo app informe a linha de ônibus de seu interesse. Quando o coletivo já se encontra próximo ao ponto, o dispositivo instalado no transporte emite um sinal ao software. A pessoa então recebe um aviso sonoro sobre a aproximação do coletivo, seguida de sua chegada ao terminal.

Tendo em vista que os sistemas de mobilidade voltados a esse tipo de atendimento implicam em altos custos de implantação e manutenção, o grande diferencial do Blindmobi é representar uma alternativa viável, de baixo custo. Mesmo com os desafios impostos pelo cenário pandêmico, o grupo esteve, ao longo do último ano, engajado no aprimoramento do software e em atividades de capacitação da comunidade a fim de incentivar a criação de soluções dessa natureza. 

Próximos passos – O trabalho está em curso desde 2018, no âmbito do Grupo de Pesquisa em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (GPADS), incubado no Centro de Pesquisa do Campus Recife. De acordo com o professor Hilson, a equipe dedica-se, atualmente, à atração de investidores interessados na produção dos dispositivos para instalação nos coletivos.

O Congresso – O CBEU, que nesta 9ª edição terá por tema Redes para promover e defender os direitos humanos, é realizado pela UFMG e UNIFAL-MG em parceria com uma rede de instituições de ensino públicas sediadas em Minas Gerais. O evento contará com programação virtual e gratuita. Interessados podem ainda se inscrever como ouvinte. Acesso: https://www.ufmg.br/cbeu/.

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