Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Campus Recife

A abertura da 4ª Semana da Consciência Negra, nesta segunda-feira (21/11), movimentou as instalações do campus com discussões importantes relativas à luta antirracista, mostra visual e expressões culturais. Estudantes e servidores/as do campus tiveram oportunidade de conhecer sobre vivências de comunidade quilombola, prestigiar exposição fotográfica que retrata seus habitantes, além de dar vida a uma animada roda de capoeira. Durante o pontapé inicial do evento, em encontro no auditório do Centro de Pesquisa, representantes do campus e Reitoria reforçaram sobre a atuação e compromisso da Instituição com questões ligadas à diversidade e inclusão, ressaltando, no caso, o recorte de raça/etnia.

Por ocasião do evento no auditório, a Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (DPP) realizou a entrega das premiações aos/às estudantes que tiveram trabalhos de destaque durante a mostra competitiva de pôsteres da 19ª SNCT do IFPE Recife, realizada no final de outubro. Um dos projetos foi, justamente, o “Malungo-Lab: Desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária no Quilombo Engenho Siqueira”, que contempla investidas de marketing digital e inovação social no território. A estudante Emilly Soares aproveitou a oportunidade para comentar em nome do seu grupo sobre a empreitada. A discente compôs a mesa do evento da Consciência Negra junto ao diretor-geral do campus, Marivaldo Rosas e ao responsável pela Extensão e Políticas Institucionais, professor Hilson Vilar, que, entre outras coisas, enalteceu o trabalho do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Recife, organizador do evento juntamente com parceiros, referindo-se à iniciativa da Semana como a culminância de uma atuação exitosa desse núcleo de inclusão. No que foi completado por José Carlos Amaral, que, em nome da Coordenação de Políticas Inclusivas (Copi) do Instituto e como pessoa cega, enfatizou: “Por meio da Educação diminuímos o fosso das desigualdades. Somos muito diversos e precisamos estar presentes e estar representados”.

Aludindo à abordagem da intelectual Katiúscia Ribeiro, especializada em Filosofia Africana e do filósofo e líder indígena Ailton Krenak, o professor de História Maciel Carneiro, que está à frente do Neabi do campus, fez a feliz e necessária colocação de que somente é possível pensar no futuro como futuro ancestral e se mostrou orgulhoso e grato pelos percursos afluentes do Núcleo como caminhos na luta antirracista. A docente Leda Correia, integrante do Centro de História, Memória e Documentação (CHMD) da Instituição, ressaltou a importância da Semana em gerar reflexão sobre o tipo de sociedade que se deseja e de servir como oportunidade para o aprendizado junto àqueles que lutam pelas suas territorialidades.   

Nesse sentido, a troca se fez imensa da comunidade acadêmica com os convidados Cristiane e Moacir Correia, da comunidade quilombola Engenho Siqueira, localizado em Rio Formoso, na Mata Sul do Estado. Eles compartilharam sobre o trabalho de resistência para preservar a memória ancestral, de atuação pela educação, cultura e de cuidado ambiental. Conforme sublinhou Moacir: “Nós nascemos para sermos grandes. Não importa onde estejamos, independentemente de raça ou etnia”.  

A 4ª Semana da Consciência Negra, organizada pelo Neabi Campus Recife em parceria com a Coordenação de História, a de Educação Física e a de Esporte e Lazer, bem como com o Malungo Lab, Grêmio Estudantil e Sindicato dos Servidores do IFPE (SINDSIFPE), segue até esta quarta-feira (23/11). Para acessar a programação, basta clicar aqui.