Início do conteúdo

Festival da Diversidade fomenta arte e inclusão na SNCT

Evento conta com programação cultural variada e entra para o calendário festivo do campus


2.JPGCom o tema “Independência: vozes, corpos e in(subordinações)”, a primeira edição do Festival da Diversidade do IFPE Recife teve início na quarta-feira (26) com um ato cultural no hall de entrada do campus. O festival integra as atividades da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da instituição (SNCT). 

A professora Fernanda Celi proferiu a fala de abertuta saudando o público presente, formado por servidores e alunos do IFPE, além de estudantes de escolas municipais visitantes do evento. Na sequência, a egressa e hoje estudante de Psicologia, Joana Darc, apresentou um poema slam de sua autoria que retrata as desigualdades enfrentadas pelas mulheres na sociedade atual, e o professor de História Maciel Carneiro recitou alguns poemas provocando uma reflexão sobre temáticas sociais.

4.JPGA psicóloga Daniela Torres, uma das organizadoras do evento, promoveu a leitura dos trabalhos literários criados por estudantes do campus e que concorrem na Mostra Competitiva do festival, na categoria Letras e Oralidades. A banda Viajantes do forró, composta por músicos com deficência visual, fechou a programação de abertura do evento apresentrando clássicos do forró pé de serra e levando o público a dançar.

Na parte da tarde, o Festival continuou com a apresentação do Coral IFPE Recife,IMG_9525.JPG mais um pouco da Mostra Competitiva, dessa vez na categoria Dança, além de desfile de moda sustentável com drag queens. Já o grupo Arte em Movimento subiu ao palco do auditório do campus para encenar a montagem “Retratos de Amor”, lotando mais uma vez o espaço. 

Para fechar as atrações culturais do primeiro dia do Festival da Diversidade, alunos do curso de Música do Campus Belo Jardim, sob a coordenação do professor Maurício Correia Cézar Neto, abrilhantaram o evento com um concerto-aula promovendo um verdadeiro passeio musical pelo mundo do brega. O grupo Flor que se Cheire, formado por mulheres lésbicas, contagiou o público presente com a batidaIMG_9532.JPG e percussividade do autêntico coco de roda.

O Festival – Através de uma ação conjunta e inédita entre os núcleos do IFPE Recife: Núcleo de Cultura e Arte (NAC); NEGED (Estudos de Gênero e Diversidade); NEABI (Estudos Afrobrasileiros e Indígenas) e NAPNE (Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais) – o festival reuniu as mais variadas linguagens artísticas IMG-9430.jpgcomo música, dança, literatura, teatro, artes visuais, audiovisual e games com intuito de refletir sobre questões que envolvem essesIMG_9584.JPG segmentos e contou com cerca de 100 inscritos para a apresentação de trabalhos.  

Além dessas apresentações, dez atrações culturais abrilhantaram o evento: grupo musical Forteto, composto por músicos, entre os quais dois docentes do IFPE; feirinha com produção artesanal de povos indígenas; apresentação de forró com músicos cegos; coco composto por mulheres lésbicas; performances de drag queens, sendo uma delas estudante do IFPE Recife; grupo de rock Sipuada, do qual participa um estudante do IFPE Recife; aula concerto sobre a história do brega (IFPE Belo Jardim); além do coral, grupo de dança e de teatro do IFPE Recife. 

De acordo com a professora Fernanda Celi,  vive-se um contexto histórico em que a pauta da diversidade tem enfrentado obstáculos que atrasam a discussão do respeito às múltiplas formas de ser e existir no mundo em quase 50 anos. “Estamos aqui hoje porque desejamos um país plural, respeitoso, fraterno. Estamos aqui porque queremos que o direito à diferença seja algo inviolável. Estamos aqui porque os padrões de raça, etnia, gênero, “saúde” não devem ser impostos. Porque é inadmissível o preconceito racial e estrutural que nos atravessa. Porque é inaceitável que corpos trans sejam mortos por sua orientação ou reorientação de gênero. Estamos aqui porque queremos que todas as formas de amar sejam possíveis, sem medo de morrer por isso, sem vergonha de assumir a sua verdade, sem receio de não ser aceito ou amado pelos demais. Estamos aqui porque há outras formas de linguagem, outras formas de enxergar, de perceber a realidade e isso deve ser protegido como uma pérola que aponta para o tipo de sociedade e escola que queremos construir”, destacou a docente, representando toda a Comissão Organizadora do evento.

O festival  trouxe uma programação variada durante dois dias, quarta (26) e quinta-feira (27), fomentando o desenvolvimento de ações culturais e artísticas, para divulgar e  valorizar atividades que comuniquem respeito à diversidade por meio da multiplicidade de linguagens artístico-culturais.

>> Confira a programação completa.

Fim do conteúdo