Início do conteúdo

É preciso celebrar a neurodiversidade!

Em face do dia 2 de abril, voltado à conscientização do autismo, conheça acompanhamentos e ações institucionais pelo direito à igualdade de oportunidades


Este mês de abril reforça que é preciso celebrar a neurodiversidade! A primeira semana – data 2 de abril –, foi marcada pelo Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

No semestre atual, o IFPE Campus Recife conta com 18 estudantes dentro do espectro autista (TEA). Como instituição comprometida com o acolhimento e valorização das diferenças, o campus dispõe de ações e oferece acompanhamentos a fim de materializar o direito à igualdade de oportunidades, empenho que envolve equipe multiprofissional e articulação de diferentes setores.    

De posse dos dados sobre o público estudantil com deficiência no campus, transtornos globais de desenvolvimento (TEA, TDAH) e altas habilidades/superdotação registrados no sistema Q-Acadêmico, o Núcleo de Apoio a Pessoas com Deficiência (NAPNE) reúne informações sobre os/as estudantes e, desde o semestre 2022.1, compartilha a relação desses discentes com docentes, equipe de Psicologia, Pedagogia, assistentes sociais, integrantes da Gestão, coordenações de cursos e demais profissionais do campus que lidam diretamente com a comunidade acadêmica.

Desde 2022.1, o NAPNE, em parceria com a Assistência Pedagógica e docentes do campus, desenvolve a ação “NAPNE vai à sala de aula”, na qual os/as profissionais motivam a comunidade acadêmica em direção ao fortalecimento de uma educação respeitosa e inclusiva. Muitas vezes, dado o expressivo quantitativo de estudantes autistas matriculados/as no IFPE Recife, o trabalho é voltado à conscientização sobre o autismo.

Durante as formações organizadas pelo Núcleo, docentes e profissionais de distintas áreas são convidados a refletir sobre a sensibilização quanto às características e individualidades das pessoas dentro do espectro autista e sobre a empatia como forma de ultrapassar barreiras atitudinais para com estudantes neurodiferentes. Também são discutidos os direitos das pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, em especial o direito à educação, bem como a flexibilização dos componentes curriculares, como forma de garantir a permanência e êxito desses/as estudantes.

De acordo com a equipe de Pedagogia do campus, a Instituição envida esforços para o desenvolvimento do sentido da cultura em Direitos Humanos e na construção de práticas pedagógicas mais inclusivas, buscando estimular atitudes e comportamentos compatíveis com a formação de uma mentalidade mais solidária. Sem contar com o desenvolvimento de novas  metodologias que promovam acesso ao conhecimento científico, possibilitando também flexibilização do currículo e do tempo para entrega das atividades avaliativas.  

As ações de inclusão no Campus Recife acontecem, em primeiro lugar, em sala de aula. Nesse sentido, Napne e docentes mantêm permanente diálogo sobre as formas de atendimento de estudantes autistas. Ademais, o Núcleo oferece atendimento pedagógico e fortaleceu parcerias com a Direção de Ensino (DEN) e a Assistência Estudantil (DAE), para onde os estudantes são encaminhados a fim de terem acompanhamento por parte da Pedagogia e Psicologia do campus. Outra iniciativa é o apoio para solicitação de serviços junto ao Serviço Social, ligado à DAE, e à Diretoria de Administração.

Na contramão das ações de sensibilização e reforço dos direitos dos/as discentes autistas, o preconceito ainda é uma realidade e o principal desafio que esse público enfrenta na sociedade. Por isso, é necessário reverberar e fazer valer o lema da campanha disseminada, por instituições e associações, ao longo deste mês: “Mais informação, menos preconceito”.

Fim do conteúdo