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Equipe de Engenharia Mecânica produz máscaras de proteção facial para profissionais da saúde
Equipamento desenvolvido no Campus vai ser doado para auxiliar na prevenção da Covid-19
Uma equipe formada por professores e estudantes do curso de Engenharia Mecânica do Campus Recife dedica-se à produção de máscaras de proteção facial para serem doadas a unidades de saúde do Estado para uso por profissionais da área. O grupo tem como meta a manufatura de 700 equipamentos do tipo Face Shield, que serão distribuídos, inicialmente, entre hospitais da rede pública e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Atualmente, os acadêmicos dispõem de seis impressoras 3D e conseguem desenvolver, em média, vinte máscaras diariamente.
O projeto é conduzido pelos docentes Héber Silva, Ângelo Costa, Fred Duarte e Jacek Stanislaw, além dos estudantes Fernanda Oliveira, Edilson Silva e Mineu Nascimento. Com o objetivo de aumentar a produção e beneficiar o maior número possível de profissionais, o grupo, que contava com três impressoras 3D, conseguiu, por meio de arrecadação on-line, recursos para a compra de mais uma e para a aquisição de insumos, necessários à criação da armação, da viseira, além de elásticos e sacos para embalagem higienizada.
Uma das duas impressoras emprestadas ao grupo veio do Instituto IDV, que auxilia projetos de extensão com impacto social. Além da entidade, a ONG Enable, responsável por criar próteses para pessoas com necessidades específicas, doou rolos de filamento (matéria-prima para a máscara). Foi de um modelo do equipamento de proteção facial disponibilizado no site da organização que o grupo se inspirou para sua produção.
Por meio do projeto desenvolvido pelo grupo, já foram beneficiados, até o momento, o Hospital da Restauração, o Hospital da Polícia Militar, o Hospital Municipal Aristeu Chaves de Camaragibe, a Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Capibaribe, a Unidade de Saúde da Família II do bairro de Santo Amaro e a UPA Dra. Zilda Arns, do Ibura. No decorrer do projeto, outras entidades de saúde poderão ser beneficiadas. “Com o aumento no número de impressoras, vamos poder produzir ainda mais EPIs. Além disso, estamos em contato com uma indústria automobilística, para que, em um futuro próximo, possamos estudar os mecanismos dos respiradores usados no tratamento da doença. Assim, poderíamos realizar a manutenção dos equipamentos e, até mesmo, criá-los”, sinaliza o professor Héber.