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Estudante de edificações é aprovada em curso ofertado pela Universidade Stanford
Além da oportunidade na faculdade americana, discente coleciona diversas experiências acadêmicas
A estudante de 16 anos do Curso Técnico de Edificações, Amanda Arruda foi selecionada para o curso de marketing digital na Universidade Stanford – uma das faculdades mais relevantes do mundo – situada na Califórnia (EUA). A aprovação ocorreu através do programa Stanford Pre-Collegiate Summer Program (SPCS), curso de verão, com duração de duas semanas, dedicado a estudantes do ensino médio de todo o mundo, que acontece na universidade americana. O processo seletivo para os cursos oferecidos é longo e consiste no envio de diversos textos relacionados ao interesse de participar do programa e sobre o curso escolhido. Além da produção textual, é necessário o envio das notas escolares e das atividades extracurriculares. Esta é a segunda aprovação da estudante, que ao decorrer da sua formação reúne vastas experiências acadêmicas.
Em 2019, Amanda também foi aprovada no curso de cosmologia por meio do SPCS, porém, não participou da formação devido ao não recebimento da bolsa ofertada pelo programa. Neste ano, Amanda também não conseguiu a bolsa para custear a formação, mas analisa possibilidades para participar do programa. Ainda em 2019, a estudante participou do Mind The Gap, realizado na sede do Google, em Belo Horizonte (MG), com mais três garotas do Campus. No mesmo ano, Amanda compôs a equipe campeã do Startup in School, que desenvolveu o “Auxilium”, aplicativo de impacto social, na maior competição do país do ramo empreendedor, para estudantes do ensino médio. Atualmente, a discente faz parte da equipe que propôs o aplicativo “Loma”, espaço de interação para garotas do ensino médio. O app concorre ao Technovation Challenge, competição de nível mundial, no âmbito tecnológico e totalmente voltada a estudantes do sexo feminino.
Devido à pandemia da Covid-19, a edição 2020 do SPCS acontece de forma online, durante o mês de julho. Por esse motivo, o programa não ofereceu bolsas de custeio para o curso. “Ainda não sei se farei o curso este ano, pois não terá bolsa. Porém, eu tentarei novamente em 2021, porque é uma excelente oportunidade para aprender não só sobre o assunto, mas sobre outras culturas, sobre a metodologia de ensino aplicada em Stanford e também por fazer amizades por todo o mundo”, explica Amanda. A estudante comemora mais uma oportunidade e cita os ganhos para a instituição. “Isso enriquece bastante a comunidade do IFPE por fazer com que alunos se capacitem cada vez mais e sintam-se motivados a participarem de uma formação de esfera global”, afirma.
Apesar das oportunidades alcançadas, Amanda, com simplicidade, faz questão de encorajar outros estudantes a vivenciarem momentos como este. “Isso não me torna diferente de tantos adolescentes por aí. Quando vemos matérias a respeito de brasileiros que conseguem aprovações no exterior, imaginamos que eles são completamente diferentes de nós e que isso nunca vai ser uma realidade nossa. Eu já fui essa pessoa”. A discente conclui esperançosa de que novos exemplos surjam e que a sua motivação alcance o maior número possível de estudantes. “Passar envolve principalmente sorte e esforço, e também o privilégio de saber que existem oportunidades desse tipo. Quero dizer que da mesma forma que eu, mais alunos também podem conseguir”, assegura.