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Estudantes ganham premiação internacional com projeto para diagnosticar câncer de pele

Grupo também foi selecionado no programa “Village to Raise a Child” em Harvard e passará uma semana na universidade americana


Os jovens Victor Maia e Geovany Ícaro, que cursam Eletrônica no Campus Recife, uniram-se a outros dois estudantes motivados pelo desafio de encontrar uma forma de diagnosticar o câncer de pele de maneira precoce. O grupo não imaginava a proporção que a empreitada atingiria. Depois de meses à espera do resultado, os discentes de Ensino Médio receberam a notícia da vitória por votação on-line pelo projeto DocAssist do “The Paradigm Challenge”, premiação internacional direcionada à inovação e empreendedorismo social para jovens.

O projeto teve início em fevereiro último, a partir de uma conversa entre Victor e o discente do 3° ano do Ensino Médio, em Minas Gerais, Diogo Guerra. Os jovens se conheceram em um curso de verão voltado à Ciência Ambiental na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, no início deste ano. Em suas famílias, ambos tiveram casos de parentes diagnosticados com a doença. Encontraram, frente às circunstâncias, motivação para pesquisar sobre o assunto e tentar aprimorar os métodos de diagnósticos atuais. Após se aprofundarem na temática, começaram a desenvolver a iniciativa de maneira independente, juntamente com Geovany e a estudante do 3° ano do Colégio Marista Marcela Gouvêa.

“Estávamos bastante nervosos com a espera e, agora, muito felizes com o resultado. Usamos esse período para continuar pesquisando e conversamos com professores da área para descobrir a melhor forma de executar o projeto. Com a premiação de mil dólares que receberemos, poderemos começar a construir o aparelho e realizar testes práticos”, planeja Victor Maia.

A felicidade deles não parou por aí. Pouco tempo depois, foram informados de que o projeto DocAssist foi selecionado no programa “Village to Raise a Child”, da Universidade de Harvard. Em novembro, os estudantes viajarão para Boston, nos EUA, e terão acesso aos laboratórios, docentes, diretores da universidade e aos empreendedores interessados no projeto para expandir suas pesquisas. “Enviamos tudo que podíamos sobre o trabalho e passamos por uma entrevista on-line com uma das responsáveis pelo programa. Ainda não parece que é verdade, que vamos para Harvard. Acho que a ficha só vai cair quando estivermos prestes a embarcar no aeroporto”, compartilha Geovanny Ícaro.

DocAssist – Segundo Geovany, o aparelho DocAssist funciona por meio de radiação infravermelha. O mecanismo portátil, que diferencia a pele de diversas partes do corpo, emite raios infravermelhos que reagiriam com os tumores. “Estudamos a relação de absorção e de reflexão dos raios infravermelhos com a pele. O tumor tem como característica aumentar a vascularização da pele ao seu redor, o que reflete os raios. Quanto mais saudável, mais ela absorve infravermelho”, explica.

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