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Livro, sensibilidades e a literatura que se expande
Seminários exploram o objeto livro, aspectos relativos ao design, literatura ilustrada, além da figura do autor, produção e circulação da obra
O Núcleo de Estudos de Literatura e Intersemiose (NELI) dá sequência à rodada de seminários programados para acontecer ao longo do ano. A edição de maio, a ser realizada em dois momentos, vai se debruçar sobre o objeto livro, aspectos relativos ao design, às peculiaridades da literatura ilustrada, bem como sobre a figura do autor na intimidade da dinâmica editorial e de circulação da obra.
O primeiro encontro ocorre no dia 22 de maio com a participação da designer e professora Gabriela Araújo (tema: “O design na construção do livro” ) e do designer, ilustrador e professor Eduardo Souza (tema: “Literatura ilustrada: a poética dos livros ilustrados”). Ambos, pesquisadores doutorandos em Design pela UFPE. O seminário será das 10h às 12h, no Miniauditório 1 (no térreo do CAC-UFPE).
O segundo encontro desta edição de maio do Ciclo de Seminários do NELI será promovido no dia 28. Quem participa é o escritor, editor, artesão do livro e livreiro nômade Fred Caju (tema: “Narrativas e artefatos: o elo encontrado”). O outro convidado é o poeta, editor e produtor cultural Philippe Wollney (tema: “Amor librorum nos unit: breve narrativa de cinco séculos de práticas editoriais”). Seminário das 14h às 16h, no Miniauditório 2 (no térreo do CAC-UFPE).
A organização vai disponibilizar certificado de participação. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas para qualquer seminário isoladamente ou por quem deseja participar dos dois.
Prazos:
Inscrições do 1º seminário até dia 20/05
Inscrições do 2º seminário até dia 26/05.
Dia 22/05
O design na construção do livro, por Gabriela Araújo.
Resumo: O livro, conforme o conhecemos, já existe há muitos séculos. Apesar de ser um artefato tão cotidiano, ainda há muito o que explorar em sua forma e significação. Assim, discutiremos a relação entre os elementos construtivos do objeto e o conteúdo textual de obras literárias. Argumentamos, então, que essa relação contribui para elaborar significados para o leitor e, ao mesmo tempo, ressignificar o livro.
Resumo: Embora seja quase um sinônimo de livro infantil, o livro ilustrado é uma expressão própria, com características distintivas das outras formas de arte. De maneira análoga à própria linguagem verbal, esse medium pode ser utilizado para uma criação poética ou prosaica. Nosso objetivo é apresentar alguns casos em que o livro ilustrado se configura como poesia e discutir os parâmetros que estruturam a criação de sentido nesse tipo de artefato.
Dia 22/05
Narrativas e artefatos: o elo encontrado, por Fred Caju.
Resumo: Não é novidade nenhuma um autor se apoderar das cadeias criativas, produtivas e mediadoras do livro. Petrarca era seu próprio editor e Chartier menciona a típica figura do gentleman-writer, “aquele que escrevia sem entrar nas leis do mercado”. Como essa personagem existe na contemporaneidade, que tipo de interferências políticas é capaz de causar nas relação de poder no mercado livreiro e na recepção da obra literária?
Resumo: Apanhado histórico de contextos e problemas entre livreiro, autor e editor nos últimos cinco séculos da história do livro.