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Processo seletivo 2021.1 do IFPE assegura práticas inclusivas
Medida tem como mote garantir o acesso de todos à Instituição Federal de Ensino
Através do processo de ingresso para o vestibular 2021.1 do IFPE, inúmeros estudantes almejam fazer parte de uma rede de ensino federal. A partir deste cenário, é cada vez mais notória a necessidade de promover um ambiente com incentivo às políticas de inclusão. É com essa perspectiva que o IFPE direciona 60% das vagas para estudantes cotistas, além de permitir que candidatos utilizem o nome social no ato da inscrição, pois possibilita uma maior comodidade ao público lgbtqia+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais/transgêneros, queer, intersexo, assexual e afins) e garante a preservação da diversidade e representatividade. As inscrições do processo seletivo (disponível aqui) ficam abertas até o dia 21 de fevereiro, na modalidade Integrada, Subsequente e Superior.
Medidas inclusivas como esta permite que o ambiente de ensino seja fator importante no combate à intolerância e à discriminação. De acordo com os números apresentados em 2018 pela Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), apenas 0,1% das pessoas transexuais e travestis ocupam os ambientes acadêmicos. Outra marca que demonstra o precário incentivo de inclusão social à comunidade lgbtia+ é relatada em pesquisa promovida pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a qual apresentou que cerca de 90% dessa população está presente na prostituição.
Luana Maria, estudante do Curso Técnico em Saneamento Ambiental do Campus Recife, é travesti e compõe o Conselho Superior (CONSUP), órgão deliberativo e consecutivo do IFPE. Para ela, a possibilidade de inserir o nome social no processo seletivo do Instituto faz com que candidatos trans e travestis sintam-se confortáveis e incentivados a participarem da seleção. “Este tipo de política garante que a nossa comunidade tenha possibilidade de ingressar na instituição, assegurando a acessibilidade e combatendo a discriminação”, comenta a estudante.
Através dessas medidas de inclusão adotadas pelo IFPE, Luana espera ver um número cada vez maior de instituições de ensino adotar essas práticas, assim como deseja que a sociedade em geral integre todos os cidadãos sem distinção. “Este fato faz com que esse grupo social, historicamente excluído pela sociedade, sinta-se acolhido e respeitado. Além de contribuir com a nossa inclusão nas instituições federais, já que somos praticamente invisíveis neste ambiente”, revela Luana.