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Convidadas debatem mercado de trabalho no Dia Internacional da Mulher

Mulheres com história nos ambientes corporativo, do empreendedorismo e da Educação falam de suas perspectivas sobre o mercado de trabalho


Estudantes, servidoras e servidores do Campus Ipojuca participaram, nesta terça-feira (8), de uma roda de diálogo sobre a mulher no mercado de trabalho. O evento, que marcou o Dia Internacional da Mulher no Campus, trouxe convidadas do mundo corporativo, do empreendedorismo e da Academia.

Josilene Santana, diretora executiva da Mangue Tecnologia, começou a empreender em 2012, com uma empresa de desenvolvimento de softwares para empresas pequenas. Aos poucos, foi conseguindo destaque no mundo das start-ups (saiba o que é uma start-up) e uma maior carteira de clientes. “Tecnologia da Informação é uma área que sempre teve mais homens do que mulheres. Quando comecei, poucas empresas contratavam mulheres – apenas as grandes multinacionais, que já tinham uma política para isso”, lembra Josilene. “No primeiro evento sobre start-ups de que participei, havia apenas quatro mulheres”. Hoje, ela também dá treinamentos sobre empreendedorismo e participa de redes de mulheres que têm negócios na área de informática, como a Women Who Code.

Luiza Villela, coordenadora de novos negócios do Complexo Industrial de Suape, contou que às vezes as pessoas se surpreendem ao encontrar uma mulher jovem em um cargo de gestão. “Acho que já melhorou muito, mas em muitas empresas ainda vemos desigualdade salarial e relativamente poucas mulheres em posições de direção”, ela disse. Segundo Luiza, que estudou Relações Internacionais e fez pós-graduação em Administração, um bom conselho para as mulheres é investir em sua formação: “Fiz isso durante minha vida profissional, identificando minhas necessidades e procurando capacitação. Quando as oportunidades surgiram, estava em uma posição melhor para aproveitá-las”.

A professora Viviane Lucy Santos, diretora de Pesquisa e Inovação do Campus, também compôs o time de convidadas. Ela tem formação na área de Engenharia Elétrica e é doutora em Ciências da Computação; trabalha com ensino e pesquisa no IFPE há cinco anos e assumiu, no ano passado, a Direção de Pesquisa e Inovação (DPI). “Quando terminei meu curso técnico, lembro da dificuldade de encontrar estágio, porque algumas empresas preferiam contratar homens”, conta ela. Mesmo trabalhando em um meio predominantemente masculino, ela contou que sempre conviveu bem e conquistou seu espaço. “Hoje, sou a única professora do curso de Automação Industrial, e acho importante que os alunos tenham essa referência”, disse.

O servidor Leandro Paulo dos Santos, convidado a mediar o debate, também abriu espaço para as colocações de servidores e estudantes presentes. Ao final do evento, concluiu: “A vocês mulheres, desejo não os parabéns, mas força para continuar a luta”.

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