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II Semana da Mulher debate visibilidade na mídia e no trabalho
A (in)visibilidade das mulheres na mídia e no mercado de trabalho foi o tema desta edição da Semana
O IFPE-Campus Ipojuca realizou, nos dias 20 e 21/03, a segunda edição da Semana da Mulher. O tema proposto para debates foi a (in)Visibilidade da Mulher na Mídia e no Mercado de Trabalho.
No primeiro dia, a mostra de curtas-metragens “Mais Voz e Vez para as Mulheres – a (in)Visibilidade da Mulher na Mídia” projetou os vídeos vencedores do Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero em 2018, mostrando diversas histórias de mulheres pernambucanas.
“Cumprimos a proposta de apresentar mulheres de diferentes visões de mundo, profissões, cores e classes sociais”, afirmou Danielle Ferreira, técnica de Assuntos Educacionais e coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade do Campus (NEGED). “Discutir gênero não significa buscar uma polarização entre homens e mulheres, mas dar espaço e oportunidades para que todos realizem seu potencial plenamente”.
A segunda atividade da Semana trouxe profissionais do terceiro setor e da iniciativa privada para um debate sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho atualmente.
Janier Rodrigues, instrutora do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), disse que as mulheres estão se destacando nas seleções de estágio – no Estado de Pernambuco, elas ocupam 62% das cerca de 22 mil vagas de estágio agenciadas pelo CIEE, e celebram 55% dos mais de 6 mil contratos de Jovem Aprendiz. No entanto, ainda há dificuldades a serem superadas. “Ainda existem diferenças que desfavorecem as mulheres no mercado de trabalho, mas nem sempre se trata de discriminação direta”, afirma Janier. “Muitas ocupam espaços que de alguma forma não são de interesse dos homens, em profissões menos valorizadas, ou então avançam na carreira com salário menor. Algumas vezes, quando elas se empoderam e rompem barreiras, são contidas pela família, pelas amizades ou pelo próprio mercado”.
Egressas do Campus Ipojuca, as técnicas em Segurança do Trabalho Priscyla Teixeira e Istefane Verçosa também contaram um pouco de suas trajetórias no mercado de trabalho. “Sou a única mulher instrutora no tipo de equipamento com que trabalho, dando treinamentos para grupos de 20 ou 30 homens. Acontece de as pessoas desconfiarem da nossa capacidade, mas a nossa força vem do nosso conhecimento, da competência que temos no fazer profissional”, disse Priscyla.
A II Semana da Mulher foi organizada pelo NEGED-Campus Ipojuca, em parceria com o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) e com o Núcleo de Arte e Cultura (NAC).