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Semana da Mulher convida órgãos públicos e ONG para debate
A abertura da Semana, organizada pelo Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade, teve a participação de diversos convidados
Representantes do Centros das Mulheres do Cabo, da Secretaria da Mulher do Ipojuca e da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que atende a região participaram da abertura da I Semana da Mulher do Campus Ipojuca, , realizada na segunda-feira (12).
A Semana abrange uma série de eventos que discutem as temáticas lembradas pelo Dia Internacional da Mulher, como o combate às violências e desigualdades de gênero. “A existência do dia 8 de março e deste mês das mulheres não é em vão. Estamos aqui discutindo abertamente o machismo e as desigualdades por causa da lutas de muitas mulheres antes de nós”, disse a secretária especial da Mulher em Ipojuca, Bianca Holanda Cavalcanti.
A professora Luciene Lira de Souza, diretora de Ensino, foi a representante do Campus Ipojuca na mesa de abertura. “Falar sobre violência e discriminação nunca é fácil, mas esse é um assunto de que não podemos fugir. Temos que nos posicionar contra a condição de invisibilidade da mulher, tradicionalmente excluída dos espaços públicos”, afirmou.
CIDADE SEGURA E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – À mesa de abertura seguiram-se palestras e dinâmicas propostas por convidados do Núcleo de Gênero e Diversidade do Campus (NEGED), organizador do evento.
A educadora Manina Aguiar, do Centro das Mulheres do Cabo, falou sobre a campanha “Cidade Segura para Mulheres” e destacou a transversalidade da pauta dos movimentos de mulheres – que passa pelas leis que reprimem a violência de gênero e pelas reivindicações por condições de trabalho, transporte e iluminação pública, por exemplo. “Nós compreendemos que a violência contra a mulher é uma doença da sociedade que precisa acabar. A realidade é que muitas mulheres estão inseguras, tanto em suas casas quanto na rua”, disse.
Joaquim Pradines, assistente social da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Cabo de Santo Agostinho, trouxe dados da violência de gênero na região e falou das diversas formas de violência que vitimam a mulher e são previstas na Lei Maria da Penha. “Esses não são crimes comuns, entre dois desconhecidos, são crimes no contexto de relações de afeto, poder e dominação. Muitas vezes, a mulher sofre a violência e não se dá conta disso”, explica.
O encerramento do primeiro dia de atividades ficou a cargo de Aline Vargas, professora da rede municipal de Ipojuca. “Em todos os segmentos, precisamos promover o empoderamento das mulheres – não o empoderamento que pisa no outro, mas aquele que amplia os horizontes, que dá autonomia e espaço de atuação”, ela disse.
A I Semana da Mulher é organizada pelo Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade do Campus (NEGED) em parceria com o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI), com o apoio da Direção de Extensão e Direção de Ensino do Campus Ipojuca. De 12 a 16/03, serão realizadas atividades voltadas à comunidade acadêmica e a comunidades externas.