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Semana de C&T inicia com debate sobre desigualdades

A Semana de Ciência e Tecnologia acontece entre os dias 16 e 18 de outubro no Campus Ipojuca


Iniciaram-se nesta terça—feira (16) as atividades da nona edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no IFPE-Campus Ipojuca.

Consulte a programação completa da SNCT 2018.

Desde manhã, equipes de pesquisadores, extensionistas e estudantes apresentaram seus trabalhos ao público, majoritariamente de estudantes do Campus e de escolas da rede pública de Ipojuca e região. Palestrantes de outras instituições também enriqueceram a programação, que continua até quinta-feira (18).

A solenidade de abertura começou às 18h, precedida por uma apresentação da Orquestra Cidadã Meninos do Ipojuca, com peças de música erudita e popular. A participação da Orquestra foi viabilizada pela parceria entre o Campus e a Prefeitura de Ipojuca, apoiadora da SNCT este ano.

Na abertura, o diretor-geral do Campus Ipojuca, Enio Camilo de Lima, saudou o tema desta edição: Ciência e Tecnologia para a Redução das Desigualdades. “Gosto deste tema, inclusive porque tem a ver com a história do instituto e de nosso Campus. Nossa razão de ser sempre foi trazer formação profissional de qualidade a uma região onde isso quase não existia, justamente para diminuir as desigualdades regionais e trazer oportunidades a mais pessoas”.

Rogerio Nascimento, representante enviado pela Secretaria de Meio Ambiente de Ipojuca, também compôs a mesa de honra. “Temos a alegria de ter o Campus do IFPE em nosso município, e muita satisfação com mais essa parceria”, disse Rogerio. Além dele, estavam na mesa o diretor de Pesquisa e Extensão do Campus, Wilmar Ferreira Junior, que também é coordenador da Semana, e a diretora de Ensino, Luciene Lira de Souza.

Debate – Após a cerimônia de abertura, formou-se uma mesa de debate com os professores Andrei Hudson, do curso de Automação Industrial do Campus, e Claudia Sansil, ex-reitora do IFPE, para uma reflexão sobre o tema desta edição, “Ciência para a Redução das Desigualdades”.

Sansil falou sobre os conceitos e teorias que embasaram a criação e expansão dos institutos federais pelo Brasil desde 2008. “Os institutos federais vieram dar conta de um passivo muito grande da sociedade brasileira com a educação tecnológica”, ela disse. “A característica de verticalização do ensino, oferecendo oportunidades de formação desde os cursos integrados até a pós-graduação, é própria dos institutos. Ampliar as oportunidades de estudo é importante porque a educação clarifica, nos resgata da ignorância e nos permite ter consciência crítica sobre nossa forma de ser estar no mundo”. Sansil também associou à missão do instituto a necessidade de reduzir as enormes desigualdades sociais brasileiras, que penalizam sobretudo os negros, indígenas, mulheres e outros grupos historicamente discriminados.

Hudson falou das contribuições do ensino técnico e tecnológico para transformar a vida das pessoas, e da experiência do curso de Automação com a realização de projetos de pesquisa e extensão. “Além de formar profissionais em regiões onde, em geral, a qualificação é baixa, os institutos federais também realizam pesquisas para solucionar ou minimizar problemas sociais e ambientais”, ele disse. “Além do ensino e da pesquisa, a equipe de Automação está bastante engajada na extensão este ano. Este ano, por exemplo, parceria entre o Campus e Prefeitura viabilizou a realização de um trabalho com alunos da rede municipal para a introdução de conceitos de robótica e lógica de programação”.

Também houve espaço para o público apresentar suas considerações no debate. A diretora de Ensino, Luciene Souza, mediou a conversa. “Nosso desafio é pensar caminhos e soluções para a redução das desigualdades em diversos aspectos: econômica, educacional, cultural, entre outros. O próprio IFPE é parte de uma estratégia de políticas públicas concebida nos últimos anos para reduzir a desigualdade social no Brasil“, concluiu ela.

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