Início do conteúdo

Seminário discute barreiras às pessoas com deficiência no Setembro Verde

Campus promoveu diversas atividades de conscientização no seminário ˜Setembro Verde: superando barreiras e estereótipos˜


Clique sobre a foto para ver mais imagens

Aderindo à campanha que visa discutir temas relacionados a pessoas com deficiência, o IFPE Ipojuca promoveu o seminário ˜Setembro Verde: superando barreiras e estereótipos˜, com atividades diversas enfocando as lutas e causas das pessoas com deficiência. A iniciativa foi do Núcleo de Apoio às Pessoas com Deficiência (NAPNE), com apoio da Direção de Direitos Humanos (DDH).

As atividades começaram no dia 20 de setembro: uma roda de conversa com a vereadora do Recife Elaine Cristina, mulher negra e mãe de uma criança atípica, sobre a garantia de direitos de pessoas com deficiência e doenças raras.

INCLUSÃO EDUCACIONAL DE SURDOS  – Na última quarta-feira (27), a mesa-redonda “Relatos de Experiências em Formação Continuada” reuniu as professoras Roberta Soares (CAS-PE), Leane Cordeiro e Mirelly Lucena (UFRPE) para contar sobre suas trajetórias como estudantes surdas e os trabalhos que desenvolvem atualmente, como profissionais e ativistas da Educação Inclusiva.

“O surdo tem o cognitivo preservado, assim como a maioria dos ouvintes, mas também tem dificuldades, assim como os ouvintes. A adaptação do ensino-aprendizagem é essencial, e por isso é fundamental uma boa comunicação com o surdo. O intérprete ajuda a facilitar essa comunicação”, explicou Leane Cordeiro (UFRPE).

“Uma atividade como essa não existe para elevar ou diminuir ninguém; serve apenas para mostrar que estamos aqui, que os surdos podem desenvolver suas potencialidades, como qualquer pessoa. Temos uma comunicação diferente, mas é só isso”, completa Roberta Soares (Caeer/CAS).

Mirelly Lucena, professora de Libras na UFRPE, contou histórias de seu tempo de estudante. “O surdo tem o direito de buscar todas as adaptações necessárias para aprender e avançar em seus objetivos. É preciso se esforçar para aprender o português escrito, ter coragem para se fazer entender, mas também é essencial que as instituições façam sua parte. A troca de experiências entre municípios, por exemplo, é fundamental”, explica ela.

ENCERRAMENTO – Na quinta-feira (28), Luiz Loreto, CEO da Escola de Acessibilidade, proferiu a palestra “Vieses Inconscientes: como se constrói um preconceito”, abordando diversas formas de capacitismo que são ainda comuns na sociedade. Loreto, que é cadeirante, iniciou sua fala comentando que tinha “um problema”: “Meus amigos dizem que meu problema é que sou tricolor”, brincou ele. “Minha deficiência não é um problema, é uma condição que me faz diferente de outras pessoas. Nossa cor da pele, do cabelo, dos olhos, nosso jeito de ser, tudo isso são condições que nos fazem pessoas especiais. Isso chamamos de diversidade”.

À tarde, o Campus convidou o Grupo de Percussão Especial do Cabo de Santo Agostinho para um momento de conversa e uma apresentação que envolveu a comunidade acadêmica. O grupo de percussão é composto por pessoas com diferentes tipos de deficiência, e se apresenta em eventos diversos da região.

Fim do conteúdo