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Seminário discute crises e oportunidades no setor naval

O II Seminário da Educação Profissional e Tecnológica na área de Construção Naval debateu a formação de técnicos e as oportunidades de atuação


Palestras com representantes de instituições de ensino e de empresas da área naval integraram o primeiro dia de programação do II Seminário Nacional da Educação Profissional e Tecnológica da Área de Construção Naval, que acontece nos dias 8 e 9 de dezembro no IFPE-Campus Ipojuca.

Apresentação do Núcleo de Arte e Cultura do Campus Ipojuca (NAC) abriu a programação, seguida das boas vindas do diretor de Extensão do Campus, Guilherme Amorim, e do professor que organizou o Seminário, Edson Fernando Pereira. “Estamos passando por uma crise que tem desmotivado alguns estudantes, mas esse é um momento importante para mostramos as oportunidades na indústria naval e metal-mecânica”, disse o professor Edson.

Aproveitar oportunidades em momentos de crise foi uma das mensagens da palestra de Paulo Figueiredo, professor do curso de Construção Naval no IFPE. “O Brasil tem um litoral muito extenso, imenso mar territorial e um potencial pouco explorado. Mandamos milhões de dólares ao exterior, todos os anos, em fretes marítimos, porque quase não temos navios mercantes”, afirmou. A palestra abordou os desafios da formação tecnológica na área e as condições de empregabilidade na indústria naval e metal-mecânica.

ENSINO – Representantes de instituições de ensino que atuam na área de Construção Naval apresentaram, durante o seminário, a estrutura e atividades de seus cursos. O professor Enio Camilo de Lima, diretor-geral do Campus Ipojuca (IFPE), falou sobre as interações com empresas e a Marinha na fase de implementação do curso, em 2010. Leia mais aqui sobre as apresentações das instituições de ensino.

EMPRESAS – A preocupação com a competitividade e com a qualificação dos trabalhadores também esteve na apresentação das empresas convidadas a participar do primeiro dia de Seminário.

“O Brasil tem um litoral muito extenso, imenso mar territorial e um potencial pouco explorado. Mandamos milhões de dólares ao exterior, todos os anos, em fretes marítimos, porque  quase não temos navios mercantes” – Prof. Paulo Figueiredo.


O engenheiro Luciano Albuquerque apresentou as atividades do estaleiro INACE, que é de 1969 e já construiu mais de 600 embarcações, passando por várias fases da indústria naval no Brasil. Para ele, a formação técnica e tecnológica é essencial para o salto de produtividade necessário para qualquer indústria da área instalada no Brasil. “Temos que aumentar nossa capacidade de corte e processamento de aço, e por isso a formação técnica é tão importante”, afirmou.

Amanda Teixeira, engenheira do Estaleiro Rio Maguari, de Belém (PA), falou dos desafios e oportunidades da área naval na região Norte do país. “Nossa expertise é em embarcações de trabalho, mas estamos construindo também um barco cozinha, por exemplo, que precisa de um acabamento mais fino”, explica. Segundo ela, é essencial que a nova geração de técnicos na área Naval integrem-se à cadeia em todo o país. “Esperamos que vocês também venham desbravar o Norte”, disse.

Encerrando o dia de palestras, dois egressos do Campus Ipojuca hoje inseridos no mercado local falaram de suas experiências. A técnica Tainá Cavalcante Gomes falou sobre controle de qualidade no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), e Marco Aurélio Felício da Silva abordou os processos no Estaleiro Vard Promar.

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