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Catálogo com obra gráfica de Heinrich Moser será apresentado em Encontro de Extensão

Trabalho que reúne 112 ilustrações do artista será disponibilizado na internet e enviado às escolas públicas


O alemão Heinrich Moser, responsável por trazer as técnicas de produção de vitrais a Pernambuco, na primeira metade do século passado, vai ganhar um catálogo para sua produção gráfica. Durante todo o ano de 2016, um grupo de extensão do Campus Olinda – IFPE trabalhou para garimpar as ilustrações do artista realizadas para revistas, jornais e livros. A ideia é lembrá-lo não só pelos seus primorosos vitrais instalados em pontos como Palácio da Justiça, Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Clube Internacional do Recife e Capitania dos Portos, mas também pela sua arte impressa.

O trabalho, que foi tema de reportagem no Jornal do Commercio, tem sido apresentado em eventos acadêmicos, como a Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRPE, realizada em outubro. Neste sábado (10), será levado ao Congresso Acadêmico Integrado de Inovação Tecnológica, em Alagoas, mas será na Mostra Integrada de Cultura e Artes-MICA, evento que faz parte do Encontro de Extensão do IFPE, que o público poderá conferir o produto final da pesquisa: um catálogo com 112 ilustrações que Moser realizou para livros, revistas, capas de jornais, cartaz e até capa de partitura.

“Sabemos que ainda há outras ilustrações que não conseguimos encontrar”, explica Leopoldina Lócio, idealizadora e coordenadora do projeto “Heinrich Moser: arte e memória gráfica em Pernambuco no início do século XX”. Possíveis ausências de imagens não tira o brilho do catálogo, escrito em português e inglês. “Esse estudo pode se desdobrar em diversas áreas acadêmicas, gerando outras pesquisas. As imagens carregam a influência do lugar social onde Moser viveu, no início do século XX, e fornecem elementos de como determinadas questões eram tratadas, como as de gênero”, esclarece Ítalo Albuquerque, um dos bolsistas do projeto, que ainda conta com a participação da professora Carol Machado e dos estudantes Matheus Prado, Sulamyta Souza e Joana Araújo.

 A busca pelas ilustrações, percorreu bibliotecas, jornais e até acervo pessoal de familiares vivos do artista. O catálogo, produto final do trabalho, será disponibilizado na internet e gravado em DVD para distribuição em escolas públicas. Para catalogar o material, o grupo ganhou apoio do governo alemão, através de seu Programa de Preservação Cultural do Ministério das Relações Exteriores. Foram doados 3,5 mil euros utilizados para adquirir equipamentos destinados a captar as imagens encontradas, como câmera e tripé, além de outros materiais de custeio.

Além de vitralista e arquiteto, Moser foi um dos fundadores da Escola de Belas Artes do Recife, onde teve como discípulos artistas como Lula Cardoso Ayres. A partir de agora também passará a ser lembrado como ilustrador. 

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