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Estudantes desenvolvem olhar criativo na realização de trabalhos de fotografia
Trabalhos realizados, como fanzine e ensaios fotográficos, mesclam processos analógicos e digitais
O conhecimento construído durante as aulas da disciplina de Fotografia, no curso de Artes Visuais, ganhou forma de ensaios fotográficos, fotolivros e fanzines. Ao criarem os produtos, os estudantes colocaram em prática não só as técnicas trabalhadas em sala de aula, mas sobretudo o olhar criativo fotográfico.
“Na disciplina a gente trabalha os processos históricos da fotografia, do analógico ao digital. Eles conhecem desde a parte técnica da fotografia, como o princípio físico de captação da imagem, em nosso laboratório, até elementos como enquadramento e composição. Trabalhamos o olhar criativo mais voltado para as artes visuais”, explica a professora Luciana Padilha, que solicitou à turma produções totalmente livres.
O resultado a surpreendeu. Os estudantes conseguiram mesclar processos digitais e analógicos no processo de criação, desenvolvendo o olhar, além da técnica. “Tivemos ensaios fotográficos feitos com a lata – a câmera pinhole, fanzines sobre histórico da fotografia e vivências experimentadas na disciplina, além de ensaios apresentados em formatos impresso e digital”, revela Padilha.
A professora conta que os estudantes acabam envolvendo a família em suas produções, que atuam, inclusive, como modelos. Outros utilizam elementos do cotidiano para o ensaio. Como o caso do trabalho Contemplação, em que a estudante Joana Mariz fotografou a orla de Olinda, tão presente em seu percurso de casa para o Campus.
O Jardim Botânico do Recife forneceu os elementos que compuseram o ensaio realizado pela estudante, Manuela Veiga. Cores e texturas registradas no fotolivro “Ver-te”. “Fiquei surpresa com a diversas espécies de folha e suas texturas. Embora minha intenção inicial fosse captar cores, acabei registrando as diferentes tonalidades de verde”, conta. Manuela diz que a parte mais difícil do trabalho foi montar o fotolivro. “Temos que fazer lâmina por lâmina, sempre levando em conta a montagem das páginas”, diz.
A estudante ainda ganhou uma poesia do professor Fernando Ivo para colocar em seu fotolivro. Ao final de tudo, ela contabiliza o aprendizado. “Há uma diferença bastante significativa em meu olhar fotográfico. A gente aprendeu a utilizar a câmera semiprofissional, mas o que me atraiu mais foi o analógico. Conhecemos o processo de revelação e a questão do fotograma. Foi uma experiência muito enriquecedora”, conta.