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Projeto que une cultura Geek e sociologia é sucesso no campus Afogados

“Representação Juvenil na Cultura Geek no século XXI” promove o debate por meio de produtos pop


Com uma temática atraente e uma proposta reflexiva, o projeto de extensão “Representação Juvenil na Cultura Geek no século XXI” tem sido um sucesso entre os estudantes do IFPE-Afogados da Ingazeira. De acordo com Pablo Moura, professor de Sociologia do campus e responsável pelo projeto, a ideia surgiu de uma conversa com os alunos do curso de Informática, que sugeriram algo voltado para a cultura juvenil e que utilizasse algumas ferramentas próprias dos adolescentes. “A partir daí busquei unir essa temática sugerida com temas de sociologia criando as oficinas dinâmicas que envolvem o debate de temas sociológicos atrelado a essas linguagens tão características dos jovens, como cinema, música, quadrinhos, séries e games”, explica Moura. Além dele, fazem parte desse projeto os estudantes Ana Lúcia Marques, Ana Victória Queiroz, João Victor de Resende, Thalia Siqueira Santos, Maurício Nunes Filho, Matheus da Silva Cirino, Thays Maiara Norato e João Batista Neto.

Pablo destaca que o objetivo do projeto é identificar os principais produtos da cultura pop destinados aos jovens teens neste século XXI para, assim, discutir teoricamente as temáticas de juventude, representação, identidades, cultura e consumo. Além disso, o professor ressalta também que o estudo acerca do universo Geek é importante para o entrelaçamento com os demais grupos sociais que compõem nossa sociedade. “A partir de experiências pessoais e convivência com o universo Geek, podemos assimilar seus costumes, valores e normas de conduta que possibilita estabelecer a mediação entre diferentes indivíduos e grupos sociais. A consciência sobre esse mundo Geek abre as portas para o respeito à pluralidade cultural e nos condiciona a um convívio sem preconceitos e discriminação, pois o preconceito de outrora deu lugar à admiração pela inteligência e habilidades desses seres vindos deste universo tão importante para os adolescentes”, enfatiza o docente.

Desde o seu início, o projeto já realizou duas oficinas dinâmicas: uma de filmes e outra de Quadrinhos. A aluna e extensionista Ana Victória diz que, através dessas atividades, o jovem acaba descobrindo talentos que não imaginava que tinha, e que isso pode ajudar no seu desenvolvimento: “No meu caso, descobri a habilidade de escrever, de contar história. Também é uma forma de encarar desafios, como foi o de produzir um HQ (História em Quadrinhos)”. Além disso, Victória fala que o projeto promove uma maior interação entre os jovens: “Um sabe desenhar, o outro sabe escrever. Aí eles formam grupos para fazer histórias em quadrinhos em conjunto. Isso acaba reunindo pessoas que gostam das mesmas coisas e com um pensamento em comum, e todos se divertem e produzem juntos, aproximando mais as pessoas.”

Segundo Pablo, o projeto tem a proposta também de trazer convidados ligados aos temas abordados para contribuir no enriquecimento das oficinas e dos debates. No primeiro evento, o “Cine Geek”, teve a participação do professor do campus, Ivo Marinho, que falou sobre a construção do roteiro de filmes conhecido como saga do herói, por meio do longa Thor Ragnarok. Já na segunda ação, “Cadê os geeks de plantão?”, foi a vez do palestrante Joseniz Guimarães de Moura, graduado em Educação Artística-Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que discursou sobre “Introdução à linguagem dos quadrinhos em uma sequência de quadros” e conduziu a oficina “Desafio de Quadrinhos”.

Ainda em 2018, serão realizadas mais duas oficinas dinâmicas: uma de Música, que vai abordar o hip hop e o debate sobre a representação das mulheres na música, e outra de Games, que debaterá sobre jogos violentos e os jovens. Essas oficinas ainda não têm data certa para acontecer, mas devem ocorrer nos meses de outubro e novembro.

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