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Cine Campus traz debate sobre Mídia e Democracia para o IFPE-Barreiros

Sessão extra foi fruto de uma parceria com o projeto de extensão Vozes da Mata e contou com a participação de convidados da UFPE e CCLF


Na última quarta-feira (11), o Cine Campus, cineclube do IFPE-Barreiros, promoveu uma sessão extra sobre Mídia e Democracia. Fruto de uma ação conjunta com o projeto de extensão Vozes da Mata, o evento lotou o auditório central e trouxe à tona o debate sobre liberdade de expressão e o direito humano à comunicação como elementos centrais no processo democrático.

Durante a abertura, o diretor geral, Adalberto Arruda, deu as boas vindas ao público e se dirigiu aos estudantes:  “Alunos, aproveitem esse momento, porque só com mais informação e formação é que mudamos nossa forma de pensar e de agir. Só a partir desse momento é que nós passamos a ser pessoas críticas e conscientes daquilo que falamos e ouvimos”, declarou.

Numa referência à Campanha Nacional de Luta contra o Golpismo Midiático, promovida no dia 5 de maio, a sessão cineclubista exibiu dois vídeos: “Levante sua voz: a verdadeira história da mídia brasileira” (2009), de Pedro Ekman, produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social, e “Cordel da Regulamentação da Comunicação” (2012), do Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF).

O debate foi mediado pela jornalista do Campus Barreiros, Rafaela Vasconcellos, e contou com a participação do professor de comunicação aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luiz Momesso, e da jornalista Débora Britto, representante do CCLF e do Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom).

“Hoje, a gente vê uma falta de diversidade, uma concentração de discursos e ideias. Uma visão única é muito prejudicial ao processo da democracia”, criticou Débora durante sua fala, que destacou, ainda, as conquistas e limitações da Constituição Brasileira em relação à comunicação.

Já Momesso contou um pouco de sua história como ex-metalúrgico em São Paulo nos anos 60, que foi preso, torturado e sequestrado durante o período militar por fazer comunicação sindical. “Muitos anos depois, eu resolvi estudar comunicação por uma questão política, por entender a importância disso”, compartilhou ele emocionado.

Estudioso da relação entre comunicação e direitos humanos, o professor pontuou, ainda, três linhas de ação necessárias na luta da democratização da comunicação: “precisamos limitar o poder dos grandes meios através de uma regulamentação; defender a comunicação pública, através da criação de meios públicos, definidos pela sociedade; e criarmos nossos próprios meios”, alertou.

Após as falas dos convidados, o debate foi aberto ao público. Durante a sessão, também foram apresentadas algumas produções do grupo de jovens comunicadores e comunicadoras do projeto Vozes da Mata, como um cartaz e um cordel, escrito e recitado pelo estudante Luciano Júnior. 

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