Início do conteúdo

Cine Carimã exibe curta com participação de professores e egressos

O Cine Carimã movimentou a noite da última quinta-feira (10) com a exibição do curta-metragem O menino que morava no som, de Felipe Soares. O filme foi produzido pela professora Priscilla Botelho e contou com o apoio institucional do IFPE, o que possibilitou o envolvimento de alunos e servidores na produção. A sessão do Carimã faz parte de um circuito de exibição em diversos campi, sempre com…


O Cine Carimã movimentou a noite da última quinta-feira (10) com a exibição do curta-metragem O menino que morava no som, de Felipe Soares. O filme foi produzido pela professora Priscilla Botelho e contou com o apoio institucional do IFPE, o que possibilitou o envolvimento de alunos e servidores na produção. A sessão do Carimã faz parte de um circuito de exibição em diversos campi, sempre com a presença de parte da equipe. Além de Priscila e Felipe, o produtor Philipe Soares, da coordenação de Cultura e Arte do IFPE, e o egresso do curso de Alimentos João Vitor da SIlva Nascimento, que participou como ator no curta, participaram do debate com os alunos após a exibição. “Foi uma experiência única, nunca imaginei que poderia atuar num filme, ainda mais interpretando um ouvinte”, contou João Vitor, que faz uma cena junto com outros egressos surdos, Eronildo José e Dihego Matheus.

Realizado ao longo de um ano e meio, incluindo diárias de filmagem no Campus Barreiros, o curta trata da experiência sensorial de um menino surdo da periferia do Recife que não domina a língua brasileira dos sinais. Após longa pesquisa com jovens surdos sobre suas experiências, Felipe, também responsável pelo roteiro, realizou um filme que investiga as sensações físicas que mediam nossa relação com o mundo. “Não são apenas os ouvintes que se relacionam com o som. De uma forma diferente da nossa, os surdos também vivem uma experiência sensorial com o som”, explica o cineasta. “Um dos entrevistados da nossa pesquisa dizia que mesmo se ele estivesse de costas, era capaz de sentir a quando sua mãe gritava com ele por conta da vibração”.

E foi para realizar a representação dessa vibração que eles resolveram mergulhar no estudo da cimática e Priscilla, que também assina a direção de arte junto com Felipe, trouxe os conhecimentos de química para criar expressões visuais das ondas sonoras a partir da reverberação dos sons em meios líquidos. “A gente conseguiu criar interseções entre várias disciplinas e alunos dentro de áreas aparentemente distantes da arte e da cultura foram bem importantes para a produção”, explicou a professora. Os professores do Campus Barreiros Simone Freyer, Diego Paixão e Jaqueline Alves, bem como os intérpretes de Libra Rogério Santos, Dêvisson Santos e Carlos di Oliveia, também participaram da produção.

Fim do conteúdo