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Debate esclarece dúvidas sobre a reforma do Ensino Médio

Evento foi realizado nesta quarta-feira (6) durante a III Semana da Licenciatura em Química do Campus Barreiros


Com a proposta de apresentar o futuro da educação do país, a partir da reforma do Ensino Médio aprovada pelo Congresso Nacional, o IFPE-Barreiros realizou nesta quarta-feira (6) o debate “A reforma do Ensino Médio e seu impacto na educação brasileira”. O evento foi realizado no Auditório Central do Campus e contou com  a presença dos convidados Renato Braz de Araújo, coordenador-geral da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e do professor John Matheus Barbosa, da Universidade Federal de Pernambuco.

Na primeira parte do evento, Renato Braz de Araújo, representante do MEC, defendeu a importância da reforma. Segundo ele, a grade curricular do Ensino Médio está defasada e muito distante do que acontece nos países de primeiro mundo. Enquanto praticamente 50% dos alunos do Ensino Médio tem educação profissional na União Européia, no Brasil esse percentual é de pouco mais de 8%.

– “A reforma precisava ser feita. A proposta de mudança da grade curricular estava engavetadaRenato Braz de Araújo, representante do MEC há vinte anos aguardando votação dos deputados e senadores. Agora os alunos terão um currículo mais flexível, com opções para escolher o que querem estudar, e mais conectado com as aspirações dos jovens e do mercado de trabalho” , ressaltou o representante do MEC. Ele lembrou também que as escolas terão dois anos de período de transição para se adaptarem às novas regras.

Por outro lado, crítico a vários aspectos da reforma aprovada pelo Governo, o professor John Matheus Barbosa salientou que a proposta não foi suficientemente debatida pela sociedade. “Foram apenas quatro meses da medida provisória à sanção do presidente. Não se faz reforma sem realizar uma ampla consulta John Matheus Barbosa, professor da UFPEaos alunos e professores ”, defendeu. O professor também acredita que a proposta erra na origem, pois tem finalidade econômica e não pedagógica. “Essa reforma está conectada a outras reformas propostas pelo governo, como a trabalhista e a da previdência. Entre outras coisas, ela autoriza a contratação de profissionais de “notório saber”, sem a titulação ideal para lecionar, o que provoca o barateamento da força de trabalho do professor”, destaca.  

O diretor-geral do Campus, Adalberto Arruda, comemorou a oportunidade que alunos e professores tiveram de conhecer melhor os pontos centrais da reforma: “Nos fizemos um esforço enorme e felizmente conseguimos trazer este profissional de Brasília para promover um debate que esclarece os rumos do Ensino Médio no país. Nossos alunos merecem! Eles são o futuro e precisam ter todos os subsídios necessários para uma educação de qualidade”, destacou. O debate sobre a reforma do Ensino Médio integrou o 3° dia da III Semana da Licenciatura em Química, que encerra nesta quinta-feira (7).

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