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IFPE-Barreiros e Ministério Público discutem violência contra a mulher

Lei Maria da Penha foi discutida de forma lúdica com a peça teatral “Rosa Gente, Rosa Flor”, na abertura do III Seminário Mulheres Contemporâneas: velhos desafios, novas perspectivas


Na manhã desta sexta-feira (8), o IFPE-Campus Barreiros promoveu a terceira edição do Seminário “Mulheres Contemporâneas: velhos desafios, novas perspectivas”. Em parceria com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o evento teve como objetivo aprofundar os debates a respeito das questões de gênero relacionadas, principalmente, ao fortalecimento dos direitos sociais das mulheres e ao combate à violência e às desigualdades.

A abertura foi marcada pela encenação da peça “Rosa Gente, Rosa Flor”, da ConsulArt Ltda, que tratou de forma lúdica e didática a Lei Maria da Penha. Com momentos de cantoria e interação com a plateia, o espetáculo contagiou o público jovem que lotou o auditório central. Segundo o autor e diretor da montagem, Lugg Alves, a participação dos estudantes do Campus Barreiros foi uma das mais marcantes. “Eles foram participativos em vários momentos. Parecia até que estavam compondo o espetáculo conosco. Isso é um indicador muito positivo de que nossa proposta de abordar o tema da violência contra a mulher de forma acessível está dando certo”, avalia. Além dele, o elenco era composto por Luciana Torres, Flávio Alves, Fell Silva, Elenita Ramos, Osvaldo Castanha e os técnicos Joan Artur, Wedson Nunes e Zaqueu Ferreira.

Na sequência, a psicóloga do Núcleo de Apoio à Mulher (NAM) do Ministério Público, Carla Santos, que esteve no evento representando a promotora de justiça Dra Maria de Fátima Ferreira, falou um pouco sobre as ações do NAM e como funciona o sistema de justiça. “Qualquer pessoa que presencie um caso de violência contra a mulher pode discar 180 e fazer a denúncia. A mais propagada é a física, mas existem mais quatro outros tipos de violência: a psicológica, a patrimonial, a sexual e a moral”, explicou.

Ela ainda destacou a importância de se discutir a temática com o público jovem. “Estou muito feliz pelo resultado da nossa ação hoje aqui no IFPE-Campus Barreiros. Quando trabalhamos com adolescentes, trabalhamos num viés preventivo da violência, para que esses jovens entendam que uma dinâmica familiar saudável não é uma dinâmica da violência. A partir do momento que eles têm conhecimento sobre os direitos da mulher, podem construir novas possibilidades e, inclusive, ajudar a salvar vidas, denunciando”, incentiva. Além da discussão, foram distribuídas cartilhas do MPPE com uma série de perguntas e respostas sobre a Lei Maria da Penha, que coíbe e previne a violência doméstica e familiar contra a mulher.

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