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Professora do IFPE Barreiros propõe inovação na produção de kombucha e conquista apoio da FACEPE

Projeto foca na qualidade, sustentabilidade e benefícios à saúde da bebida


A professora Amanda Reges de Sena, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) – Campus Barreiros, teve seu projeto aprovado no Edital FACEPE nº 02/2025 – Programa de Bolsas Pernambucanas de Produtividade: Interiorização (BPP-Interiorização). Intitulado “Aplicação de Tanase Imobilizada e Padronização da Produção de Kombucha com Foco em Escala Pré-Piloto”, o projeto propõe inovações no processo de produção da bebida fermentada, com foco em qualidade, sustentabilidade e benefícios à saúde.

O edital, promovido pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), é uma iniciativa do Governo de Pernambuco voltada ao fortalecimento da interiorização da ciência, tecnologia e inovação. Seu objetivo é apoiar pesquisadores(as) que atuam fora da Região Metropolitana do Recife, reconhecendo a relevância das pesquisas desenvolvidas em outras regiões do estado.

A aprovação do projeto reforça o protagonismo do IFPE Campus Barreiros na produção científica e na consolidação de grupos de pesquisa no interior de Pernambuco. A professora Amanda, que atua também como orientadora de estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação, tem contribuído significativamente para a formação de novos pesquisadores e para o avanço da pesquisa aplicada na área de alimentos.

Segundo a docente, a proposta surgiu da combinação de duas linhas de estudo que vêm ganhando destaque: a enzima tanase e a kombucha. “Há anos trabalho com a tanase e, há cinco, mergulhei no universo da kombucha. Percebi um grande desafio: o sabor amargo causado pelos taninos do chá. Minha pesquisa bibliométrica mostrou um interesse crescente tanto na tanase quanto na kombucha, mas ninguém havia unido os dois temas”, explica.

A solução proposta é a utilização da tanase imobilizada — uma tecnologia que oferece vantagens econômicas e operacionais — para hidrolisar os taninos presentes no chá. O processo visa melhorar o sabor da bebida, reduzir o amargor e a adstringência, aumentar a biodisponibilidade dos compostos e potencializar a ação antioxidante do produto final. “Meu objetivo é criar um processo mais eficiente e sustentável, entregando um produto de maior qualidade e benefício à saúde, algo inédito no mercado”, destaca Amanda.

Além desse avanço, a professora também teve outro projeto aprovado recentemente no Edital Pernambucanas Inovadoras, com foco no “Desenvolvimento de produtos alimentícios à base de macaxeira fermentada: Inovação e valorização de ingrediente regional”. A iniciativa amplia a contribuição do IFPE Campus Barreiros para a valorização de recursos locais e o estímulo à inovação na cadeia produtiva de alimentos.

Amanda e José Vinícius, seu orientando de graduação do curso de Licenciatura em Química do Campus Barreiros, e orientando dela atualmente no mestrado (UFPE)

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