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Convidados trazem diversidade de abordagens sobre Meio Ambiente

Palestrantes de instituições que atuam na região contribuíram com a programação do evento, que aconteceu entre os dias 27 e 29 de junho no IFPE-Campus Ipojuca


A programação da Semana de Meio Ambiente do Campus Ipojuca, que trabalhou o tema “Tecnologias em favor da Sustentabilidade”, contou com a participação de palestrantes que desenvolvem trabalhos no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Exército Brasileiro e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre outros espaços.

O coordenador de Educação Ambiental e Responsabilidade Socioambiental de Suape, Roberto Zaponi, abriu as atividades da Semana com uma palestra sobre as diretrizes e ações do programa de educação ambiental do Complexo; a uma audiência de estudantes de diversos cursos do Campus, ele defendeu uma abordagem ética e atenta aos desafios socioambientais de parte dos empreendimentos na região (leia mais).

O sargento Josimar Torre Gonzaga, assessor de gestão ambiental do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), em Paudalho (PE), apresentou algumas das atividades do Exército Brasileiro nas áreas de monitoramento, planejamento e educação ambiental na reserva ecológica do Curado. “A corporação mudou muito, e hoje há muitos soldados e oficiais com formação sólida na área de Meio Ambiente”, explicou o sargento Torre. “Nosso propósito não é só acumular, mas dividir o conhecimento. Por isso esse contato é tão importante”. Além dos estudantes do Campus, alunos do Escola de Referência em Ensino Médio Frei Otto, da rede estadual em Ipojuca, estiveram presentes.

Dweison Nunes da Silva, professor da EREM Frei Otto, mestrando pela UFPE e membro do Grupo de Pesquisa Sociedade e Natureza Nexus, fez um apanhado crítico sobre o discurso ambiental e a apropriação da natureza por parte dos Estados e de grandes grupos econômicos, explorando as limitações e contradições do movimento em torno do desenvolvimento sustentável. Silva trouxe também dados sobre a degradação ambiental no Estado de Pernambuco e na região do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. “Já em 1988, estudos apontavam que 60% dos mais de 1000 hectares de Suape estavam degradados. Mais tarde, entre 2007 e 2014, autorizou-se a supressão de mais de 650 hectates classificados como APPs (áreas de preservação permanentes)”, afirmou Silva. “Por isso, a questão ambiental não pode ser tratada de forma isolada, ela se relaciona com as questões econômicas e sociais em curso”.

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