Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
Campus Olinda

Os usuários do Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveira (Caps), no bairro de Rio Doce, em Olinda, terão a música como aliada no tratamento do transtorno mental. O projeto de extensão pioneiro, iniciado nesta quarta-feira (3) pelo IFPE Olinda, tem o objetivo de promover a socialização e a comunicação por meio da música, não só dos usuários, mas também de seus familiares.

Até o final deste ano, os usuários terão encontros todas as terças-feiras. Nesse primeiro momento, são formados os grupos de acordo com as afinidades, os critérios e as patologias. Os participantes vão eleger as músicas que gostam e organizar repertórios. Instrumentos musicais serão disponibilizados, mas o objetivo principal é terapêutico e não de ensinar a tocar.

“Vamos proporcionar que os usuários e familiares possam fazer música, cantando ou tocando algum instrumento de percussão. As pesquisas comprovam o benefício da musicoterapia na melhoria da percepção da realidade e da autoestima”, garante o musicoterapeuta e professor do IFPE Olinda que coordena o projeto, José Davison da Silva Júnior.

Davison é um apaixonado pela musicoterapia. O tema acompanhou direta ou indiretamente toda a sua trajetória acadêmica que inclui pós-doutorado em Neurociência e Cognição e mestrado e especialização em Musicoterapia. Segundo eles, esses benefícios são percebidos quando os usuários começam a se expressar por meio da música, seja tocando um instrumento ou cantando.

Em entrevista para o site da Prefeitura de Olinda, o psicólogo André Souza, gestor do Caps Nise da Silveira, demonstrou entusiasmo com o projeto. “Estou otimista e a parceria da musicoterapia tem como objetivo promover ação terapêutica, que reduz o sofrimento psíquico e melhora a percepção interior do paciente, do outro e do mundo no cotidiano”, explicou. O projeto conta com a parceira da Secretaria de Saúde de Olinda.