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IFPE Caruaru promove a 1ª Feira de Tecnologia, Educação e Ciência do Município
O evento começou nesta segunda-feira e segue até o dia 24 de outubro, com participação do público externo.
Começou nesta segunda-feira (21) e segue até 24 de outubro a programação da 1ª Feira de Tecnologia, Educação e Ciência de Caruaru. A FETEC é uma realização do IFPE Caruaru, com patrocínio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e traz o tema a jornada das comunidades tradicionais com a água.
Além das atividades próprias, a Feira também unificou a Semana de Matemática (Semifca), a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), a Mostra de Extensão do Campus e a Mostra de Tecnologia e Engenharia Mecânica. O evento é aberto ao público em geral e traz palestras, oficinas, atrações culturais, feirinha e apresentações de trabalhos científicos.
O primeiro dia foi marcado pela Exposição Fotográfica realizada pelo Instituto Garis Marítimos, uma Organização da Sociedade Civil de Tamandaré dedicada à preservação do meio ambiente, com foco na vida marinha. O Instituto começou fazendo o trabalho de limpeza das praias de Tamandaré, com um grupo de 10 pessoas que logo evoluiu para um time de 500 integrantes. “Hoje somos uma ONG de pesquisa, monitoramos desde a desova até o nascimento das tartarugas marinhas e trabalhamos também com educação ambiental nas escolas”, explicou Arthur Maciel, biólogo e vice-presidente do Instituto.
Apesar do carro chefe ser o projeto Protetores da Vida, o Instituto também tem iniciativas como EcoPeneira (que leva crianças para as praias para conscientizar e evitar que lixo seja jogado na areia), Trilha Ecopedagógica (promove aulas dentro da Mata Atlântica, ressaltando a importância desse ecossistema para os estudantes), Cine Ambiental, entre outros. Atualmente a ONG atua em Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros, Sirinhaém e São José da Coroa Grande, com profissionais monitorando diariamente toda essa faixa litorânea. Os dados recolhidos são publicados em revistas científicas e submetidos em relatório anual do Projeto Tamar.
O grupo cultural Mazuquinha de Gonçalves Ferreira animou o público com a apresentação do ritmo da Mazuca, com a orientação do professor e arte-educador Gabriel Bezerra. O projeto é vinculado à Secretaria de Educação de Caruaru, coordenado por Adriana Sales e desenvolvido com as crianças da Escola Municipal Típica Rural do Município. A Mazuca é uma tradição que vem de cantos de trabalho coletivo. “É algo muito forte aqui na região Agreste, tanto de herança indígena quanto quilombola”, explicou Bezerra.
O arte-educador relatou que existia esse histórico de Mazuca na região de Gonçalves Ferreira, mas estava um pouco enfraquecido, apesar da vontade dos mais experientes em repassar a cultura para a nova geração. “A gente faz aulas visitas, que são as consultas aos mais velhos, quando as crianças perguntam sobre o ritmo, aprendem as músicas, escrevem os versos, construindo uma didática dessa memória. São coisas que estão entrelaçadas: saber de onde você veio, cuidar do lugar em que você mora, da sua memória e a de seus ancestrais”, destacou Bezerra.
A programação continua até quinta-feira (24) e pode ser consultada na página do evento: https://www.even3.com.br/fetec2024/
Todas as fotos estão disponíveis na galeria de imagens.