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Projeto de Caruaru foi apresentado durante SBPC

Os estudantes Asafe Silva e João Freitas, do IFPE Caruaru, apresentaram o projeto Protheus Drone.


Oito projetos inovadores dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia, nas áreas de engenharia, saúde, construção civil, tecnologia da informação, automação industrial, alimentos, mecatrônica, indústria e tecnologia assistiva, participaram da mostra na 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa para a Ciência (SBPC). O evento aconteceu de 22 até 28 de julho, na Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, e recebeu apoio para realização do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).

Os estudantes Asafe Silva e João Freitas, do IFPE Caruaru, apresentaram o projeto “Protheus Drone”, que desenvolveu Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs). Trata-se de um drone de baixo custo e alta estabilidade que ajudará famílias de baixa renda a automatizar processos de monitoramento e pulverização de lavouras. O projeto é formado por discentes dos cursos de Engenharia Mecânica e Técnico em Mecatrônica.

A reunião contou com a participação de representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, sendo considerada um importante fórum para difusão dos avanços nas áreas da ciência e tecnologia e, ainda, um espaço de debates de políticas públicas voltadas para o setor.

A cada ano, a Reunião Anual da SBPC é realizada em um estado brasileiro, geralmente em universidades públicas. O encontro reúne mais de quinze mil pessoas por dia, entre cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, profissionais liberais e visitantes.

Confira os projetos dos Institutos:

Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) – O Instituto apresentou o projeto “Protheus Drone”, um tipo de drone – de baixo custo e com alta estabilidade – que ajudará famílias de baixa renda interessadas em automatizar processos de monitoramento e/ou pulverização de lavouras. Para isso, foram implementadas e testadas duas técnicas de controle: PID (Proportional, Integrative and Derivative) e lógica Fuzzy (também conhecida como lógica nebulosa). O protótipo demonstra o controle de movimentação horizontal (pitch roll e yaw) realizado com ambas as técnicas e, em breve, implementará o controle de movimentação vertical (throttle), além do controle de posicionamento no espaço.

Instituto Federal de Brasília (IFB) É do Instituto, o projeto “Sustentátil”, que trata da acessibilidade sustentável. Com incentivo da Fábrica de Ideias (FABIN), o projeto – que envolveu mais de 28 alunos dos cursos técnicos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e Subsequente em Edificações – testou a reciclagem de produtos inservíveis de concreto para a produção de pisos podo táteis de argamassa.

Instituto Federal Farroupilha (IFFarroupilha) O Instituto apresentou o projeto “Ardoif”, que é um dispositivo para automação, controle e monitoramento de aparelhos de ar condicionado. O Ardoif controla o acesso e os horários de funcionamento dos climatizadores, assim como monitora o consumo energético. O projeto recebeu o prêmio de Melhor Projeto de Inovação, na Mostra de Educação Profissional e Tecnológica de 2017, realizada no campus Júlio de Castilhos do Instituto Federal Farroupilha.

Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – “SocioPrinter” é o projeto do IFMG, uma impressora braille capaz de receber um texto comum de computadores ou dispositivos móveis, converter para o sistema braille e imprimir em papel com custo inferior. A objetivo é trazer maior acessibilidade aos deficientes visuais e reduzir o impacto ambiental causado pelo lixo eletrônico, uma vez que reaproveita carcaças de impressoras descartadas.

Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) O campus Bela Vista do IFMT criou o projeto “Bioacessibilidade e especiação química ‘in vitro’ dos frutos dos cerrados mato-grossense”. O projeto foi estruturado por conta da importância do cerrado brasileiro, vegetação que detém cerca de 5% da biodiversidade existente no planeta, sendo assim, considerado uma das savanas mais ricas do mundo. O projeto analisou a bocaiúva, fruto comestível de polpa alaranjada, sabor adocicado e aspecto fibroso, que ganhou importância nos últimos anos pela composição de carotenoides, minerais (K, Fe, Zn). A bocaiúva tanto pode ser consumida in natura, a polpa também pode ser cozida, empregada em diversas áreas, principalmente usos medicinais, cosméticos e alimentícios para o preparo de sorvetes ou em receitas como biscoitos, bolos, paçoca doce e cocada.

Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Já o campus Campinas do IFSP apresentou os projetos: “Bate Coração”, “Interactive Braille” e “Monitoramento de coletor de pilhas via SMS”. A equipe do projeto “Bate Coração” desenvolveu um equipamento de baixo custo capaz de realizar medições de batimentos cardíacos de um feto e apresentar dados ao usuário final. Já o “Interactive Braille” é um kit didático, que utiliza materiais de baixo custo, com o intuito de otimizar o processo de alfabetização de pessoas com ou sem deficiência visual. E o “Monitoramento de volume via SMS em coletores e baterias de pequeno porte: otimização da logística reserva” detecta e informa quando coletores de pilhas e baterias atingem capacidade mínima ou máxima.

Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSuldeminas) – O laboratório FOTOROBI, do Curso de Engenharia Agrimensura e Cartográfica – campusInconfidentes – desenvolveu um laser scanner de baixo custo. O equipamento pode ser aplicado no monitoramento de barragens, volumes de escavações, levantamentos cadastrais, representação 3D de cavernas e túneis, além da reconstrução 3D de monumentos históricos. De uso estático ou móvel, em ambientes internos ou externos, a disponibilidade do equipamento ao IFE permite aprimorar aulas práticas e teóricas, contribuindo para o aprendizado sobre os princípios de seu funcionamento, manuseio e processamento de dados.

Instituto Federal Sul Rio-Grandense (IFSul) É do Instituto o projeto “Smartleg”, uma prótese transfemoral ativa, capaz de adaptar-se a cada biotipo por meio de um sistema inteligente utilizando sensores não-invasivos e que visa ter um custo acessível para o mercado. O protótipo propõe um método de reconhecimento da marcha por meio da aquisição de dados cinemáticos e cinéticos, sendo capaz de reconhecer tarefas e aprender de acordo com as condições de cada evento da marcha para controlar o joelho. Além disso, utiliza sensores dinâmicos integrados à prótese e propõe um novo design mecânico para próteses ativas, visando reduzir custos de produção e manutenção.

 *Assessoria de Comunicação do Conif*

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