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IFPE promove ação pelo dia internacional da mulher negra, latino-americana e caribenha

Roda de conversa e grupo de dança fizeram parte do evento


Na última terça-feira (30), o IFPE, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, promoveu, no hall do Campus Recife, atividades voltadas à comunidade acadêmica, em comemoração ao dia internacional da mulher negra, latino-americana e de Tereza de Benguela.

A roda de conversa “Mulheres negras, trajetórias educacionais e profissionais e bem viver” foi mediada pela Pró-reitora de extensão do IFPE, Laura Silva, e teve, como convidadas, a mestra em educação pela UFPE e Coordenadora de Cultura Popular da Secult/PE, Jamila Marques, e a professora Doutora e ex-diretora do IFPE-Caruaru, Elaine Rocha. Todas apresentaram pautas que debatiam a luta contra o racismo e a representatividade das mulheres negras na sociedade.

Antes de iniciar a roda de conversa, a mediadora Laura Silva destacou a importância da proposta do evento na instituição. “As mulheres, sobretudo as mulheres negras estão na base da pirâmide social. Elas estão associadas a lugares que têm histórico de servidão, então esse processo só pode ser feito por meio de discussões da educação”, ressaltou.

Entre as falas das convidadas abordando a importância da representatividade das mulheres negras na sociedade, Jamila Marques compartilhou um pouco os desafios de estar em espaços gestão. “Mulheres negras no poder é importantíssimo, mas é um desafio. A institucionalidade nos coloca em uma linha reta desigual. Nossas experiências são diferentes, inclusive na própria negritude. E aí eu acho que a construção de encruzilhadas ela se dá nesse retorno. A gente sempre precisa voltar às nossas bases e pensar formas e alternativas de construir nossas próprias políticas”, defendeu.

Já a convidada Elaine Rocha abordou as desigualdades que as pessoas negras enfrentam para o ingresso em uma instituição pública de ensino. “Usar a farda do Instituto Federal de Pernambuco era o auge e ainda é, porque ainda somos minorias, poucos estão aqui e na universidade. É impressionante como eles não se veem nesse espaço”, argumentou.

A abertura teve a apresentação artística do grupo de dança “Ara Agontimé”, que encenou a performance afro-diaspórica ““Um ẹbọ para o próprio corpo”, representando a ancestralidade e os desafios das mulheres negras, com as intérpretes Aline sou e Dandara Marques.

O evento também contou com a presença do Reitor do IFPE, José Carlos de Sá e do Diretor-Geral do Campus Recife, Fábio Nicácio. “É importante uma instituição como a nossa estar sempre discutindo essas questões”, ressaltou o reitor.  Já Fábio Nicácio destacou a importância do dia 25 de julho e os desafios contra o racismo. “É uma luta permanente que a gente precisa ter nesse país”, declarou.

 

 

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