Tecnologia nos trilhos
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Tecnologia nos trilhos
Professor do Campus Recife desenvolve pesquisa para aprimorar sistema de monitoramento de metrôs na malha ferroviária da Região Metropolitana do Recife Tweet por publicado: 01/02/2017 16h59 última modificação: 01/02/2017 16h59
Imagine a tarefa de controlar o tráfego ferroviário que abrange três linhas, quase 70 quilômetros de extensão, 35 estações, quatro municípios e transporta cerca de 300 mil passageiros por dia. Segundo dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos do Recife (CBTU-Metrorec), esse é o atual cenário do transporte ferroviário na capital pernambucana. Pensando nesse contexto, e num futuro em que esse tipo de transporte se tornará ainda mais popular, o professor de Eletrônica e Telecomunicações Rômulo Araújo vem desenvolvendo pesquisas que buscam aprimorar o RailBee, sistema de monitoramento de veículos sobre trilhos.
Atualmente o professor conduz um grupo de extensão tecnológica, em parceria com a CBTU-Metrorec e a UFPB. “Basicamente o que desenvolvemos com o RailBee é uma ferramenta que permite o fornecimento de informações confiáveis e em tempo real para que o controle operacional do sistema de transporte possa tomar decisões cada vez mais rápidas e eficientes”, resume o pesquisador. Na prática, o que se vê é que os métodos convencionais de manutenção e monitoramento de trens se baseiam em inspeções periódicas, que já demonstraram não ser suficientes para prevenir falhas de funcionamento. O que o RailBee proporciona é uma avaliação em tempo real das condições e do desempenho dos veículos que estão em operação. Ou seja, dados tão diversos como velocidade dos trens ou pressão nas bolsas de ar da suspensão são atualizados e analisados continuamente, o que previne de maneira mais eficiente a degradação parcial ou total dos serviços.
Essa instantaneidade só é possível, explica Rômulo, por conta da telemetria, a tecnologia que dá suporte ao RailBee. “Trata-se de um sistema que permite a aquisição de dados de equipamentos a distância”, explica. Sistemas telemétricos geram uma Rede de Sensores Sem Fio (RSSF), que nada mais é do que uma rede dispositivos fixos ou móveis (chamados de nós ou nodos). Esses nós se comunicam enviando dados a um nó sorvedouro (controlado ou monitor). A principal função da RSSF é monitorar e controlar um determinado ambiente e sua aplicabilidade pode ser observada não só nos transportes, mas em áreas como medicina, agricultura, robótica e automação industrial. “O RailBee permite a visualização online da posição, velocidade e estimativa de passageiros de qualquer veículo, em qualquer instante”, diz Rômulo.
Mas a capacidade de gerar informações atuais, confiáveis e em tempo real não é uma exclusividade da RSSF. Outras tecnologias também são capazes de atuar de forma semelhante, porém o que também diferencia o RailBee é fato de que ele é um sistema de baixo custo. Isso porque os métodos de monitoramento e controle de grandes malhas ferroviárias do mundo, como as de Nova Iorque e Tóquio por exemplo, operam com tecnologias como o GPS (Global Position System), GSM (Global System for Mobile Communication) e transmissão por satélite. “Por ser uma técnica inovadora, o RailBee gera um impacto significativamente menor no custo dos dispositivos e no consumo de energia”, calcula Araújo.
Parceria e reconhecimento
Redes de Sensores Sem Fio já fazem parte da realidade de Rômulo pelo menos desde 2006, quando começou a desenvolver o RailBee em sua pesquisa de doutorado. Em 2009, ano de apresentação da tese, o projeto foi vencedor do VI Prêmio Alstom de Tecnologia Metroferroviária pela aplicação prática do sistema. Em 2014, em parceria com a CBTU/ Metrorec e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o professor aprovou um projeto no edital de extensão tecnológica do CNPq-Setec. O valor total do financiamento é de R$ 80 mil, sendo que R$ 30 mil já foram liberados em maio para despesas de custeio.
O projeto consiste na implementação do RailBee na Linha Sul da CBTU-Metrorec, que abriga 12 estações, 25 trens do tipo TUE (Trem Unidade Elétrica), dois municípios (Recife e Jaboatão dos Guararapes) e extensão de pouco mais de 13 quilômetros. “Um dos grandes diferenciais do RailBee é que a implantação não requer modificações na estrutura já existente e, por conta de sua arquitetura modular, estamos abertos à incorporação de novas tecnologias de medições e controles”, prevê o pesquisador. Atualmente, o sistema já opera em duas estações, cinco trens e um roteador entre estações. O próximo objetivo do projeto é a expansão da cobertura da rede em toda Linha Sul, fato que depende da liberação, pelo CNPq, da segunda fase do recurso, que é de R$ 50 mil.
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