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IFPE conquista a primeira patente de invenção originária
O produto foi originado no doutorado da professora Geiseanny Fernandes, que contou com o apoio do Departamento de Inovação Tecnológica do Instituto
Pela primeira vez o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) recebeu o reconhecimento de patente de invenção originária concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Fruto do doutorado da professora Geiseanny Fernandes do Amarante Melo, O molho de co-produto de camarão e método de processamento é oficialmente uma invenção do IFPE. A elaboração do pedido de patente teve suporte direto do Departamento de Inovação Tecnológica (DIT) da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFPE (Propesq). Além da professora, assinam como inventores José Marcelino Oliveira Cavalheiro e Vicente Queiroga Neto, que fizeram parte do doutorado de Geiseanny Fernandes, desenvolvido na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Em resumo essa patente se trata de um molho em que foi reaproveitado partes comestíveis que são descartadas na filetagem do camarão (casca e cabeça) em que foi realizado um processo de concentração proteica que obtido na pesquisa do doutorado”, explica a professora. Acrescentando outros ingredientes a essas partes comestíveis que seriam descartadas, é possível obter um molho que agrega os benefícios nutricionais dos co-produtos do camarão com alto valor biológico e sabor diferenciado. Além de aproveitar restos que seriam desperdiçados pela indústria do camarão, o molho pode enriquecer dietas alimentares. Geiseanny celebra a conquista: “Essa patente tem um significado não apenas histórico pro IFPE por ser a primeira, mas significa rede de apoio, irmandade, parceria de mães que amam e lutam para vencer o cansaço diário por amar tanto as dores e sabores de ser mulher, mãe, professora, esposa, amiga, filha, irmã, nora, cunhada, filha amada de Deus e uma eterna aprendiz”.
PARA QUE SERVE UMA PATENTE?
O registro de patente de uma invenção originária garante ao proprietário titular o direito exclusivo de explorar industrialmente o produto, protegendo-o de possíveis cópias e concorrentes. No âmbito de uma instituição de educação, ciência e tecnologia, como o IFPE conquistar uma patente de invenção representa um laço estreito entre ensino, pesquisa e mercado. O chefe do DIT do IFPE, Allan Lima, ressalta a importância do registro para o instituto: “A publicação da carta-patente nos ajuda a legitimar nossa condição de instituição de pesquisa, além de garantir que invenção da professora Geiseanny esteja protegida legalmente, podendo inclusive gerar recursos para IFPE a partir da sua cessão para terceiros. Além disso, também serve de incentivo aos demais servidores do IFPE para procurar a PROPESQ para proteger os resultados das suas pesquisas”.