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IFPE Palmares finaliza projeto de monitoramento da UTI do hospital cardiológico Procape/UPE
Modelo de baixo custo recebeu fomento da Facepe e pode ser replicado em outros hospitais públicos, melhorando a gestão de insumos e a qualidade do atendimento à população
Neste mês de setembro, uma equipe do Campus Palmares encerrou um projeto em parceria com o Pronto Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Prof. Luiz Tavares (Procape), unidade de saúde ligada à Universidade de Pernambuco (UPE) localizada no Recife. O projeto, intitulado “Abordagem Integrada de IoT, Machine Learning e Sensores para monitoramento de pacientes em ambientes hospitalares”, recebeu fomento de R$ 44.536 através do Edital Facepe 33/2024 COMPET Superior . A maior parte do valor fornecido pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) foi voltada para as bolsas de R$ 700 mensais pagas aos oito estudantes que participaram das atividades coordenadas pelo professor Thiago Valentim durante seis meses.
“Foi um período de intenso trabalho, promovendo uma importante colaboração entre a academia, o setor de saúde e a tecnologia”, avalia Thiago Valentim, coordenador do projeto e professor do curso superior em Análise e Desenvolvimento de Sistemas no campus Palmares. A execução do projeto foi marcada por uma parceria interinstitucional que envolveu o IFPE Palmares, o Procape/UPE e a empresa QOS Tecnologia, situada no Porto Digital. A solução de monitoramento foi implantada na a solução foi implantada na UTI da Unidade de Recuperação Cardiotorácica (URCT) Dr. Fernando Sales.

Da esquerda para a direita: Marcos Vinícius (estudante ADS/ IFPE Palmares), Rafael de Carli (estudante Medicina/UPE) e Thiago Valentim (professor ADS /IFPE Palmares e coordenador do projeto)
Resultados promissores
“Este projeto teve um grande valor formativo e prático. Os estudantes envolvidos tiveram contato direto com conteúdos como machine learning, sistemas embarcados e computação aplicada à saúde, aplicando a teoria em um desafio real do ambiente hospitalar”, descreve Valentim.
Os encontros e atividades do projeto ocorreram de forma híbrida, com reuniões remotas, atividades presenciais no campus e visitas técnicas ao Procape. A iniciativa promoveu uma integração entre engenharia, tecnologia e medicina, contando também com a participação da Dra. Isly Lucena, coordenadora da Unidade de Pós- Graduação, Pesquisa e Extensão e na Unidade Clínica de Coronariopatias do Procape e do estudante de medicina da UPE Rafael de Carli.
Os resultados do projeto trouxeram beneíícios em três frentes: para os estudantes, foi uma capacitação prática em tecnologias de ponta (Inteligência Artificial, sistemas embarcados e sensores IoT) aplicadas a um desafio real. “Isso os prepara para o mercado de trabalho, especialmente na crescente área de tecnologia para saúde”, aponta Valentim. Para o Procape, em específico, trouxe o resultado concreto de um sistema que monitora em tempo real o ambiente da UTI e a temperatura dos medicamentos. “Na prática, isso aumenta a segurança dos pacientes, evita o desperdício de remédios e otimiza o trabalho da equipe médica”, explica. E para além do Procape, o projeto funciona como um modelo de baixo custo que pode ser replicado em outros hospitais públicos. “Ele mostra um caminho viável para usar tecnologia na modernização do SUS, melhorando a gestão e a qualidade do atendimento à população”, vibra o pesquisador.