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IFPE participa de formação sobre o Programa Mulheres Mil
Instituição irá atender 300 mulheres em situação de vulnerabilidade
O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) participou, entre os dias 24 e 28 de julho, de uma oficina de formação sobre o programa nacional Mulheres Mil, que aconteceu em Brasília (DF) e promovida pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC).
O Programa foi relançado pelo Governo Federal em abril deste ano com a proposta de ofertar cursos de qualificação profissional para mulheres a partir dos 16 anos de idade, que se encontrem em vulnerabilidade e risco social, vítimas de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, ou moradoras de locais com infraestrutura deficitária.
Representaram o Instituto no evento a coordenadora-geral do Bolsa-Formação, Laura Silva; e a coordenadora do Programa Mulheres Mil do IFPE, Adiliane Batista. A capacitação teve o objetivo de apresentar às instituições a revisão e a reelaboração da segunda versão do Guia Metodológico de Acesso, Permanência e Êxito (MAPE) do Programa Mulheres Mil com o intuito de orientar a retomada dessa política educacional no território brasileiro.
Inspirado nas reflexões do professor e pesquisador Paulo Freire acerca da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e incorporando os caminhos percorridos pelo Programa Mulheres Mil, o documento sugere propostas para a garantia do acesso, da permanência, do êxito pedagógico e profissional, da avaliação e do monitoramento das ações.
“Como o próprio nome demonstra, trata-se de um guia, que busca apresentar um caminho possível de ser trilhado, mantendo-se sempre aberto a novas contribuições que potencializam o compromisso da Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de contribuir com o enfrentamento das desigualdades com vistas à construção de um Brasil que respeite a vida humana, a solidariedade e a justiça social e econômica”, ressalta Laura.
OFERTA NO IFPE – Com vasta experiência na oferta de vagas no Programa Mulheres Mil entre 2011 a 2015, o IFPE participou da chamada pública e teve aprovação de 300 vagas para a retomada do programa em 2023. O Termo de Execução Descentralizada (TED) foi de 480 mil. Laura esclarece que os campi ofertantes foram selecionados por comissão formada por representantes dos Núcleos de Estudos de Gênero e Diversidade (NEGED), dos Núcleos de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) e dos Núcleos de Atenção à Pessoa com Deficiência (NAPNE). Para essa primeira etapa, os campi Afogados da Ingazeira, Garanhuns, Olinda, Palmares e Pesqueira irão ofertar os cursos.
As 300 mulheres em situação de vulnerabilidade social a serem atendidas pelo IFPE estão vinculadas a grupos sociais voltados para mulheres trans do município de Olinda, mulheres quilombolas do Angico, mulheres indígenas Xukuru de Ororubá, mulheres produtoras rurais do Pajeú e mulheres mães de pessoas com deficiência do município de Palmares.
De acordo com Laura, a previsão é que os cursos iniciem no primeiro trimestre de 2024. Até lá, a equipe central e as equipes dos campi selecionados passarão por um processo de formação da Metodologia do Acesso, Permanência e Êxito (MAPE) do programa Mulheres Mil.