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IFPE promoveu I Encontro de Formação Continuada de Docentes
Evento aconteceu nesta quinta (11) e marcou a abertura do ciclo formativo dos/as professores/as do instituto
A Pró-reitoria de Ensino (Proden) promoveu, nesta última quinta (11/9), o Encontro de Formação Continuada de Docentes do IFPE 2025, que marcou a abertura de ações formativas voltadas para este público, trazendo como tema “ Educação, Ciência e Tecnologia na formação integral das pessoas cidadãs, com foco nos princípios da Educação Profissional e Tecnológica (EPT).”
O evento, que aconteceu no auditório do Campus Recife, contou com a participação de servidores, pesquisadores/as e especialistas no campo da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), proporcionando um debate sobre a origem da rede e os desafios da formação profissional em articulação com a formação humana na contemporaneidade.
O ínicio foi marcado por um momento dedicado a música e a cultura por meio da apresentação do grupo de sopros e flautas do projeto de extensão “Das tradições populares ao armorial: práticas interpretativas da música nordestina para um conjunto de flautas”, do curso de Licenciatura em Música do Campus Belo Jardim.
Em seguida, foram convidados a compor a cerimônia de abertura: o reitor do IFPE, José Carlos de Sá; a Pró-reitora de Ensino, Magadã Lira; a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Gabriela Falcão; a pró-reitora de Extensão, Laura Silva; a pró-reitora de Integração e Desenvolvimento Institucional, Juliana Andrade; o pró-reitor de Administração, Aurino César; o diretor-geral do Campus Recife, Fábio Nicácio; e a assessora de formação Continuada de Docentes, Fernanda Girão, que abriu a mesa.
“Eu quero citar aqui uma frase de Paulo Freire: “me movo como educador, porque primeiro me movo como gente”. Que esse dia seja marcado por esse movimento, enquanto instituição, enquanto rede, que essa humanidade seja o esteio da nossa prática profissional, nesse compromisso com a vida das pessoas, com o projeto de vida de cada estudante, e em última instância, com o compromisso por uma sociedade mais justa”, ressaltou Girão.
Em seguida, Magadã destacou a importância dessa iniciativa: Tudo foi pensado com muito carinho, muito estudo, pra gente estar aqui agora. Mas por que esse encontro? Porque precisamos refletir, precisamos pensar quem somos nós, professores da rede, do IFPE. É a partir dessa reflexão que pensamos esse momento”. Ela também complementa: “Quero agradecer a todos os envolvidos nessa iniciativa, em especial ao Grupo de Trabalho da Assessoria de Formação Continuada da Proden pelo planejamento e organização do evento, e ao Colégio de Dirigentes do Ensino (Coden) do IFPE pela parceria e apoio na participação dos docentes no encontro e nas salas interativas dos campi que transmitiram o evento ao vivo”.
O reitor reforçou as palavras da pró-reitora e reiterou: “Quando a gente pensa em formação para docente, não podemos esquecer de refletir sobre o que somos, sobre o que é essa instituição, porque ela foi concebida e para quem ela foi criada. É preciso seguir na perspectiva de um acesso mais democrático, levando o instituto às pessoas para as quais foi pensado essa grande rede. Convido vocês a participarem não só desse momento, mas de todo o processo, para a gente se entender como instituição democrática e inclusiva, reduzindo desigualdades sociais em nosso país”.
Dando continuidade, foi iniciada a primeira mesa-redonda do evento, com o tema “Princípios e Finalidades do IFPE: Um debate necessário na contemporaneidade”, que contou com a presença do professor Eliezer Pacheco, referência nacional em Educação Profissional e Tecnológica (EPT); e da professora Bernardina Araújo, do Campus Belo Jardim. A mediação ficou por conta do docente do IFPE José Davison da Silva Júnior.
Já na parte da tarde, o encontro foi iniciado com atividade cultural do Coral do Campus Recife. Em seguida, foi aberta a segunda mesa-redonda, com o tema “Articulação da EPT com a ciência e a sociedade na formação das pessoas cidadãs, que contou com a presença do professor Rodolfo Fiorucci, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), e da professora e ex-reitora do IFPE, Anália Rodrigues. O mediador da atividade foi o professor do IFPE Clécio Santos.
Eliezer traçou um panorama histórico e social da EPT no país, pontuando algumas questões cruciais para o ensino nos institutos federais. “A diferença de classes está presente em todas as instituições, inclusive aqui. É por isso que nós temos que nos perguntar sempre a que interesse nós estamos servindo. Essa é uma pergunta diária que temos que fazer: se estamos usando o conhecimento a favor da maioria ou da minoria, pois o papel da educação pública é dar os instrumentos para o educando desenvolver seu talento, seja qual for.
O pesquisador ainda ressaltou: “Derrubar as barreiras do ensino técnico e da formação geral, articulando trabalho, cultura, ciência, na perspectiva da emancipação humana, é um dos objetivos básicos dos institutos federais. Pensar e agir como rede é fundamental, porque isso reforça a identidade. Essa é uma ruptura na educação tradicional brasileira. A legitimidade, a força que os institutos federais adquiriram vêm da sua proposta, e defender essa concepção é uma questão de sobrevivência”.
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