IFPE – Instituto Federal de Pernambuco

Com a suspensão, desde março último, das atividades presenciais nos 16 campi do IFPE em decorrência da pandemia da Covid-19, a comunidade acadêmica vai contar com a retomada das aulas, em caráter remoto, justamente no mês do estudante. A data de 11 de agosto, que assinala a criação das primeiras faculdades do Brasil, em 1827, marcará, sobretudo, este ano, a renovação da esperança, com os discentes em preparação para uma nova fase. Mais do que nunca, é tempo de reinvenção.

 

Apesar da necessária interrupção das atividades presenciais, muitas ações, nesse meio tempo, foram desenvolvidas. Entre os trabalhos ligados à Pesquisa ou à Extensão implementados, à distância, é possível destacar o projeto conduzido pelas professoras Lêda Cristina Correia e Solange Lopes, docentes de História do Campus Recife que integram o Centro de História, Memória e Documentação (CHMD). A dupla elaborou o projeto “Feed de Memórias”, que conta com a participação de discentes bolsistas e voluntários, vinculados aos programas PIBIC, PIBEX e Monitoria.

 

O grupo vem coletando depoimentos de toda a comunidade do IFPE sobre suas vivências durante a pandemia para futuramente se pensar como foi o 2020. “É uma maneira de se conectar e manter o vínculo com alguma coisa da Instituição, algo essencial principalmente para os estudantes”, explica Lêda sobre a iniciativa.  O projeto é responsável por unir discentes e servidores de todo o Instituto para compartilhar suas experiências e manter acesa a chama da esperança em um momento tão difícil para todos. Afinal, estar em isolamento social pode levar ao desafio pela constante busca de motivação.

 

Nesse sentido, Lucas Dantas, diretor de Assistência ao Estudante do IFPE, comenta sobre a necessidade de reinvenção para se manter motivado para o retorno das aulas, mesmo que de maneira remota. “De fato, a pandemia nos torna mais vulneráveis e angustiados. Penso que uma estratégia de motivação consiste em relembrar a causa que nos fez ingressar em um curso da Instituição e pensar nas ações e nos esforços que ela tem empreendido em prol do apoio ao discente, ao longo do período de suspensão das atividades acadêmicas presenciais e no seu possível retorno, mesmo em um ‘modo’ diferente”, completa.  

 

Lucas também enfatiza quanto à importância do 11 de agosto no contexto do momento que todos atravessam: “O dia do estudante é um dia festivo para lembrar a Instituição desse importante sujeito e enfatizar o ensinamento daqueles que, a princípio, estariam ali para aprender. Há uma relação dialógica, também afetiva porque vibramos a cada nova conquista, desafio superado, entre tantos bons motivos que o cotidiano acadêmico nos apresenta”. 

“Pra que a vida nos dê flor e fruto” é um verso que faz parte da canção de Milton Nascimento “Coração de Estudante”, que faz parte do imaginário várias gerações estudantis no Brasil.